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| - Vai inspirar teu orgulho, Ó tu rapaz malfazejo, A quem arde no desejo De seguir a teu barulho. Longe de ti o engulho De trazer-me de corrida: E se alguma amante lida Acaso fazer-me intentas, Antes que eu te chegue às ventas, Amor busca a tua vida. II Das tuas setas pontudas Meu peito não participa, Pois que desse arco de pipa Se despedem já rombudas. Té não temos as mais agudas Que teu pai costuma dar-te: Bate as asas por descarte, Tira a venda, dá um ai, Vai queixar-te à tua Mãe, Que eu me resolvo a deixar-te. III IV
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| - Vai inspirar teu orgulho, Ó tu rapaz malfazejo, A quem arde no desejo De seguir a teu barulho. Longe de ti o engulho De trazer-me de corrida: E se alguma amante lida Acaso fazer-me intentas, Antes que eu te chegue às ventas, Amor busca a tua vida. II Das tuas setas pontudas Meu peito não participa, Pois que desse arco de pipa Se despedem já rombudas. Té não temos as mais agudas Que teu pai costuma dar-te: Bate as asas por descarte, Tira a venda, dá um ai, Vai queixar-te à tua Mãe, Que eu me resolvo a deixar-te. III Inda que vás aos Ciclopes Pedir temperados ferros, Te hei de largar quatro perros, Que fugirás aos galopes. Inda que o cendal ensopes Com pranto de frenesi, Zombarei sempre de ti, Pois não posso sem atalho Aturar-te tão bandalho, Se até agora te sofri IV Esse espírito guerreiro Oculta por desafogo, Que não deves ter tal fogo, Sendo filho de ferreiro. Outra vez alcoviteiro Vai a ser do fero Marte; Que eu posto agora de parte Pertendo dar de ti cabo: Não és amor, és diabo, Não posso mais aturar-te.
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