abstract
| - Partamona yungarum sp. nov. (Figs. 40, 136, operária; 163, distribuição; Tabs. II-IX, XI) Diagnose. Abelhas de porte médio (l.m.c. 2,5-2,7 mm, c.a.a. 6,5-6,8 mm; Tabs. III, IV). Integumento preto. Mandíbula predominantemente ferrugínea, ápice ferrugíneo escuro, côndilos pretos. Flagelo enegrecido. Estrias paroculares pouco conspícuas, apenas um pouco mais claras que o integumento adjacente, mais estreitas que o diâmetro do 2o flagelômero (0,6-0,8x), aproximadamente com a mesma largura em toda a extensão, ou levemente alargadas embaixo (1,0-1,2x; Fig. 136). Máculas do tórax apagadas. Pilosidade preta; cerdas na região ventral dos mesepisternos, coxas e trocanteres enegrecidas ou esbranquiçadas. Membrana das asas ferrugínea escura; microtríquias pretas; veias alares escurecidas, principalmente na metade basal. Pilosidade longa e abundante, cerdas eretas da fronte e disco do mesoscuto, até 1,5x mais longas que o diâmetro do 2o flagelômero. Cerdas da base do escapo nitidamente mais longas que o diâmetro deste (1,5-1,9x; Tab. VII), bem diferenciadas em relação às demais cerdas. Cerdas eretas das áreas paroculares, ao lado dos alvéolos, muito longas e robustas, nitidamente mais longas que o diâmetro do escapo, muito conspícuas em relação às cerdas curtas decumbentes. Cerdas do escutelo 1,0-1,1x o comprimento deste. Área basal do propódeo com uma faixa mediana glabra, aproximadamente tão larga quanto o diâmetro do 2o flagelômero Dentes da mandíbula espaçados (Fig. 40). Área malar, distância interocelar, distância ocelorbital, tíbia III e comprimento da asa anterior, normais (Tabs. V, VI, VIII, IX). Bifurcação da M+Cu nitidamente anterior à cu-v. Operária. Dimensões. Comprimento total aproximado, 6,56 mm; da asa anterior, 6,64 mm (incluindo a tégula, 7,47 mm); largura máxima da cabeça, 2,56 mm; do TIII, 2,56 mm (Tab. XI). Cor do integumento. Predominantemente preto; cabeça, tergos II e III, metanoto e tíbias III castanhos (provavelmente exemplar jovem); tarsômeros de todos os pares de pernas, ferrugíneos. Tégula ferrugínea, translúcida. Labro amarelado, irregularmente descolorido; mandíbula amarelada no terço basal e ferrugínea em direção ao ápice, côndilos e ápice escurecidos. Escapo escurecido por inteiro, apenas os extremos basal e apical mais claros. Flagelo por inteiro castanho-escurecido, apenas o 1o flagelômero mais claro. Máculas apagadas, apenas as estrias paroculares nítidas (marfim-acastanhadas). Manchas do clípeo e fronte inconspícuas. Estrias paroculares um pouco alargadas embaixo (ca. 1,13x o diâmetro do 2o flagelômero), com contorno irregular, estreitando medianamente (0,5x) e alargando novamente na altura da interorbital máxima (0,63x) e chegando até um pouco acima da linha da menor distância interorbital superior (Fig. 136). Genas com uma estria apagada margeando a metade inferior do olho. Tórax apenas com a porção anterior das axilas manchadas irregularmente de um marfim-acastanhado, apagado. Membrana da asa anterior ferrugínea, mais escura na metade basal (células radial, 1a e 2a cubitais); microtríquias enegrecidas em toda asa; veias méleas, escurecidas pelas microtríquias, C e R mais escurecidas basalmente. Pilosidade. Predominantemente enegrecida; porção ventral do tórax (coxas, trocanteres e mesepisternos) e esternos abdominais mais claros, de um palha-sujo (em alguns parátipos as cerdas dos esternos escurecidas na base). Área basal do propódeo com uma faixa glabra mediana. Franja pré-marginal do TIII com cerdas muito mais curtas na região mediana que nas laterais. Cerdas da base do escapo 1,38x mais longas que o diâmetro deste. Áreas paroculares inferiores, ao lado dos alvéolos, com cerdas eretas 1,13x o diâmetro do escapo. Cerdas do clípeo 1,44x o diâmetro do escapo; na fronte, 1,31x; no vértice mais longas, ca. 2,0x; no disco do mesoscuto e na porção anterior da linha média, 1,56 e 2,25x, respectivamente. Cerdas do ápice do escutelo tão longas quanto o comprimento deste. Integumento. Liso e polido, apenas com a pontuação pilígera típica do gênero. Forma e proporções (Tab. XI). Cabeça, 1,16x mais larga que longa, 1,31x mais larga que a distância clipeocelar. Olhos 2,56x mais longos que largos, paralelos. Área malar ca. de 1,15x o diâmetro do 2o flagelômero. Comprimento do clípeo 0,58x sua largura máxima e 0,38x a distância clipeocelar. Mandíbulas 0,57x a distância clipeocelar; os dentes um pouco espaçados e no nível do bordo distal (Fig. 40). Escapo 0,98x a distância alvéolo-ocelo lateral, seu diâmetro como o do 2o flagelômero. Distância interocelar 1,17x maior que a ocelorbital e ca. de 1,91x o diâmetro do ocelo médio. Escutelo aproximadamente semicircular, cerca de 0,48x mais curto que largo. Tíbia III 0,93x mais curta que a cabeça, e 2,10x mais longa que larga; o canto póstero-distal arredondado, não projetado, a margem apical quase reta; o contorno da margem posterior, suavemente sinuado. Basitarso III 1,89x mais longo que largo; o canto póstero-distal subanguloso e a margem apical em ângulo um pouco maior que 90o em relação à margem anterior. Asa anterior 2,72x mais longa que larga e 2,59x a largura máxima da cabeça. Bifurcação de M+Cu anterior à cu-v. Hâmulos, 5. Macho. Desconhecido. Material-tipo. Holótipo, operária, de "BOLÍVIA La Paz Coroico 1,700 m 5/Dec.1995 (L.E. Peña)", parátipos, 26 operárias da mesma série, depositados no SEMC, e dois na RPSP; outras 135 operárias, parátipos, de "BOLÍVIA Coroico, La Paz 3-8 Dec 1955 elev. 1800 mtrs. F.H. Walz", depositadas no MSUC, e 10 na RPSP. Material examinado. BOLÍVIA. La Paz: Chulumani, 19-25.XI.1955, L.E. Peña (26 ops., SEMC; 5 ops., RPSP); Lareeaja, Cerro Paititi, Canthon Maipiri, VIII.1955 (1 op., SEMC); San Jacinto, Yungas, 1.700m, 6.XII.1955, L. Peña, (8 ops., DZUP; 1 op., RPSP); ibidem, San Tacinto (sic), 1,700 m, 5-8.XII.1955, L.E. Peña (7 ops., SEMC; 1 op., RPSP); Socalama, Yungas, 1600m, 23.XII.1955, anônimo (40 ops., SEMC; 5 ops., RPSP); ibidem, Yungas Mountains, nr. Socalama, 1600m, 23.XII.1955 (42 ops., MSUC; 5 ops., RPSP); Solacamo, 7,600m (sic = 1,600 m, ou 7,600ft.?), 24-25.XII.1955, L.E. Peña (28 ops., SEMC; 5 ops., RPSP). Cochabamba: Alto Palmar, Chapare, 1100m, X.1948 (1 op., MSUC). PARAGUAI: Dept.? Colony, Carlos Pfanol, III.1951, F.H. Schade (1 op., SEMC). Distribuição geográfica e hábitat. Yungas bolivianas e um registro no Paraguai (Fig. 163); matas sempre-verdes pré-andinas orientais, ricas em samambaias arborescentes e epífitas (HUECK, 1972). Nidificação. Desconhecida. Etimologia. O nome refere-se às montanhas Yungas, na Bolívia, área de ocorrência da espécie. Discussão. Espécie com distribuição bastante restrita. Pode ser reconhecida pelas asas escurecidas, máculas quase completamente apagadas e integumento da face marrom muito escuro, cerdas longas na base do escapo, bifurcação de M+Cu anterior à cu-v, além dos dentes da mandíbula espaçados e no nível do bordo distal (Fig. 40). É bastante semelhante aos espécimens de P. epiphytophila das encostas andinas, que apresentam asas também escurecidas, mas separa-se desta pelas máculas mais apagadas e integumento da cabeça marrom escuro (em P. epiphytophila é geralmente preto), além dos dentes da mandíbula um pouco menos espaçados (Figs. 40, 33) e da bifurcação de M+Cu, geralmente anterior à cu-v.
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