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| - Senzar é o nome de uma língua provavelmente imaginária mencionada por Helena Blavatsky, fundadora da Sociedade Teosófica. Supostamente seria escrita com símbolos hieráticos cujo significado seria acessível apenas aos adeptos iniciados da teosofia. A autora usou também as variantes Sansar e Sen-Zar e interpretou esse nome como "linguagem do Sol". Segundo a própria Madame Blavatsky, tratava-se de uma língua "ausente da nomenclatura das línguas e dialetos conhecidos pela filologia", embora alegasse que "mesmo em nossa própria época, é usada por faquires hindus e brâmanes iniciados em suas evocações mágicas". O senzar teria sido, um dia, a língua única do conhecimento único da humanidade, mas tanto a língua quanto o conhecimento que expressa teriam se tornado esotéricos após a submersão de Atlântida. Esse acontecimento estaria simbolizado no mito da Torre de Babel. Depois disso, o senzar teria se tornado uma língua secreta e sacerdotal. Em algumas passagens, Blavatsky parece relacionar o senzar, ou pelo menos sua escrita, com o avestano (língua dos mais antigos textos zoroastristas), com o sânscrito e com o "alfabeto hierático" dos egípcios. Mas também afirma, em certa passagem da sua Coleção de Escritos, que "Amida" (nome japonês da entidade budista Amithaba Buddha) é a forma senzar de "Adi" (o Buda primordial). Muitos dos escritos de Blavatsky, inclusive A Doutrina Secreta e Ísis sem Véu, citam como fontes supostos textos em senzar, dos quais o mais importante parece ser o Livro de Dzyan. As Estâncias de Dzyan, que constituiriam o núcleo desse livro, estariam escritas em senzar, como também parte das glosas e comentários (outros estariam em chinês, tibetano e sânscrito). Há clarividentes e organizações esotéricas que alegam ter conhecimento dessa língua, exibem alguns dos supostos símbolos e até oferecem cursos sobre senzar - por exemplo, o Sedona Portal.
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