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  • Perna Cabeluda
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  • A Perna Cabeluda é um lenda urbana originada na cidade de Recife (em Pernambuco) na década de 70. Essa lenda se espalhou por todo nordeste ganhando suas próprias versões em cada estado.thumb|A Perna Cabeluda de Mabuse. Estes ataques foram assuntos de alguns folhetos de cordel como "A Perna Cabeluda" de Tiúma e São Lourenço de José Soares, "A Véia debaixo da cama e a Perna Cabeluda" de José Costa Leite e "A terrível história da Perna Cabeluda" de Guaipuan Vieira. (Prenúncios da Besta-Fera)Autor: Guaipuan Vieira
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  • A Perna Cabeluda é um lenda urbana originada na cidade de Recife (em Pernambuco) na década de 70. Essa lenda se espalhou por todo nordeste ganhando suas próprias versões em cada estado.thumb|A Perna Cabeluda de Mabuse. A origem desta lenda envolve a história de um vigilante descrita pelo do escritor Raimundo Carrero e sua divulgação ao radialista Jota Ferreira[[ 1],2]. Afirma se que no programa de rádio foi divulgado o caso de um vigilante noturno que teria encontrado uma perna peluda debaixo de sua cama. A nota foi passada ao radialista pelo escritor Raimundo Carrero, cuja a brincadeira dizia que após uma noite de ronda, o guarda havia encontrado uma perna cabeluda debaixo da cama onde a esposa dormia, denotando que seria de um amante. Porém a notícia foi interpretada pela população como uma criatura assombrosa em forma de perna animada e vários boatos de populares sobre a aparição foram relatados. Estes relatos geralmente diziam sobre ataques noturnos dentro de casas, onde a perna se escondia em guarda-roupas e debaixo de camas ou até mesmo surpreendendo pessoas nas ruas. Os ataques consistiam de chutes, joelhadas e pisadas, mas a perna fugia rapidamente dos locais em grandes pulos. Estes ataques foram assuntos de alguns folhetos de cordel como "A Perna Cabeluda" de Tiúma e São Lourenço de José Soares, "A Véia debaixo da cama e a Perna Cabeluda" de José Costa Leite e "A terrível história da Perna Cabeluda" de Guaipuan Vieira. De tão popular, a Perna figurou em shows de Chico Science & Nação Zumbi, onde Chico dançava com uma perna de pano estufada que era lançada à plateia[1]. Na versão do escritor de cordéis Guaipuan Vieira, a perna possuía um único olho no joelho, boca com dentes de felinos, nariz pontudo e língua com ponta cortante, unhas afiadas e um esporão no calcanhar. (Prenúncios da Besta-Fera)Autor: Guaipuan Vieira Categoria: Literatura de Cordel - 32 estrofes - 8 páginasInstituição:Centro Cultural dos Cordelistas - Cecordel1a Edição: 1998, 2a Edição: 1999 Santo Deus OnipotenteVenho rogar vossa ajudaPra afastar assombraçãoDe todo mal nos acudaPrincipal desse fantasmaQue é a Perna Cabeluda.É um bicho horripilanteQue na noite entra em açãoTem dois metros de alturaE pula como cancãoNo joelho tem um olhoAcesso que nem tição.O nariz é bem pontudoAlém da boca rasgadaAs prezas são dum felinoLíngua com a ponta cortadaTem barbicha que nem bodeCada unha é envergada.Faz um barulho medonhoComo chocalho de cobraÉ o rangido dos dentesDa energia que sobraLimpa o nariz com a línguaDança fazendo manobra.Ainda tem no calcanharUm afinado esporãoCuja cor avermelhadaReluzente a um medalhãoNo tornozelo uma golaComo estivera em prisão.Na canela tem um chifreCom uma luz bem na pontaUma espécie de lanternaPra andar por onde afrontaFazer vítima onde passaQue já se perdeu a conta.Tem enorme cabeleiraNo lugar que foi cortadoQue sacode sobre a pernaGirando de lado em ladoDe jaguar são as orelhasE há pelo aveludado.Pense então na coisa feiaMultiplique o seu pensarPois é assim que a coisaAnda em noite de luarE também na escuridãoPra poder se ocultar. Quem já viu conta que a pernaChega mansa e de repenteCisca o chão e fala coisasQue não há um ser viventePra decifre a linguagemQue repassa no presente. Dois ônibus da MarimbáDo Piauí essa empresaSe chocaram nessa curvaQue foi a maior tristezaNão escapou um cristãoSó de pensar dá fraqueza.E depois dessa contendaDá um assovio finoÀ noite entra em silencioComo ordena seu destinoAté o galo no poleiroEsquece o sagrado tino. Uma vítima teve a pernaDe seu corpo decepadaDizem que ela criou vidaNum monstro foi transformadaNa mata ficou vagandoProcurando sua estrada.Por onde passa o viventeFica imobilizadoFalta as pernas pra correrÉ um momento aperreadoSó pra vê que neste mundoTudo um pouco é encontrado. Antes de achar caminhoPra sua nova paragemEm todo aquela regiãoFicou fazendo visagemAssombrando caçadorE vaqueiro de coragem.Muitos contam que a origemVem duma história passadaDum acidente de ônibusEm região povoadaPra bandas do PiauíCurva do “S” chamada. Pois chegou no CearáSeguindo um caminhoneiroQue vinha pra CanindéSó conduzindo romeiroDepois foi a FortalezaPromover o seu desterro. A Perna anda descalçaVagando em noite escuraTem um rastro muito grandeQue não é de criaturaDizem até que um sapatoNa cidade ele procura. Percorre a periferiaOnde sente muita estimaO povão é seu chamegoEspécie de grande imaQue através dessa genteMantém a fama de cima.Muitos fazem confusãoAumentando mais o medoQue a Perna também vagaQuando o dia é muito cedoNas manhãs de sexta-feiraZombando de seu segredo. Não existe corajosoChamado desafiantePra enfrentar a essa PernaPor ter jeito horripilanteAssim vara a madrugadaCada vez mais triunfante.Em noite de lua cheiaEla fica mais nervosaVaga na areia da praiaÉ muito mais perigosaA razão é o sofrimentoDa tal vida desastrosa. E vagando estrada aforaJá provocou acidentePois fez carro abalroarPondo em risco muita genteNo aeroporto aeronaveSair do pouso decente.Circula todo o NordestePromovendo temporadaPor onde passa o terrorTem uma história contadaNunca peça para vêA Perna mais assombrada. Da mesma forma já fezNa lagoa, o pescadorDeixar o peixe na iscaE gritar: Nosso Senhor!Daí - me força nestas pernasPra fugir deste terror.Esta Perna CabeludaBota mesmo pra quebrarAté na santa igrejaJá andou a perturbarFez o padre e o sacristãoVir à missa abandonar. Tudo isso ela freqüentaNuma forma mais ocultaObserva o ser humanoTalvez fazendo consultaMas depois desta visitaFazer mal é que resulta.Fez mulher que trai maridoMudar seu comportamentoSer caseira e boa esposaReligiosa ao contentoDa mesma forma o traídoEsquecer o sofrimento. Dizem que é a besta-feraQue já se encontra presenteCirculando este planetaCada vez mais decadenteOnde o ódio e a violênciaSe vê muito mais crescente.Fez cabra namoradorEsquecer o pé de muroO farrista voltar cedoPrevenindo mais seguroCom medo de vê a PernaE passar por tal apuro. São sinais do fim da eraA tristeza é mais aflitaAparições e desastresÉ algo que multiplicaA peste afronta o planetaNa terra a paz desabita.Mas a Perna é vaidosaTem paixão e boemiaVisita festas de roqueEm clubes da burguesiaTambém gosta de serestaE da boa churrascaria. Pois rezar é que nos restaPra livrarmos da afliçãoMas que haja com firmezaSanto Deus no coraçãoAo contrário nós seremosVítimas da tribulação.
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