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| - E quando, de noite, vem pálida a lua Seus raios incertos tremer, pratear... E a trança luzente da nuvem flutua... As ondas são anjos que dormem no mar! Que dormem, que sonham... e o vento dos céus Vem tépido, à noite, nos seios beijar!... São meigos anjinhos, são filhos de Deus, Que ao fresco se embalam do seio do mar! E quando nas águas os ventos suspiram, São puros fervores de ventos e mar... São beijos que queimam... e as noites deliram E os pobres anjinhos estão a chorar!
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abstract
| - E quando, de noite, vem pálida a lua Seus raios incertos tremer, pratear... E a trança luzente da nuvem flutua... As ondas são anjos que dormem no mar! Que dormem, que sonham... e o vento dos céus Vem tépido, à noite, nos seios beijar!... São meigos anjinhos, são filhos de Deus, Que ao fresco se embalam do seio do mar! E quando nas águas os ventos suspiram, São puros fervores de ventos e mar... São beijos que queimam... e as noites deliram E os pobres anjinhos estão a chorar! Ai! quando tu sentes dos mares na flor Os ventos e vagas gemer, palpitar... Por que não consentes, num beijo de amor, Que eu diga-te os sonhos dos anjos do mar?
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