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| - Meu amor era puro, extremoso, Era amor que meu peito sentia, Eram lavas de um fogo teimoso, Eram notas de meiga harmonia. Harmonia era ouvir sua voz, Era ver seu sorriso harmonia; E os seus modos e gestos e ditos Eram graças, perfume e magia. E o que era o teu amor, que me embalava Mais do que meigos sons de meiga lira? Um dia o decifrou - não mais que um dia Fingimento e mentira! Tão belo o nosso amor! - foi só de um dia, Como uma flor!. Por que tão cedo o talismã quebraste Do nosso amor? Tão belo o nosso amor! - foi só de um dia Como uma flor! Oh! que bem cedo o talismã quebraste Do nosso amor!
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abstract
| - Meu amor era puro, extremoso, Era amor que meu peito sentia, Eram lavas de um fogo teimoso, Eram notas de meiga harmonia. Harmonia era ouvir sua voz, Era ver seu sorriso harmonia; E os seus modos e gestos e ditos Eram graças, perfume e magia. E o que era o teu amor, que me embalava Mais do que meigos sons de meiga lira? Um dia o decifrou - não mais que um dia Fingimento e mentira! Tão belo o nosso amor! - foi só de um dia, Como uma flor!. Por que tão cedo o talismã quebraste Do nosso amor? Por que num só instante assim partiste Essa anosa cadeia? De bom grado a sofreste! essa lembrança Inda hoje me recreia. Quão insensato fui! - busquei firmeza. Qual em ondas de areia movediça, Na mulher, - não achei! E da esp'rança, que eu via tão donosa Sorrir dentro em minha alma, as longas asas Doido e néscio cortei! E tu vás caprichosa prosseguindo Essa esteira de amor, que julgas cheia De flores bem gentis; Podes ir, que os meus olhos te não vejam; Longe, longe de mim, mas que em minha alma Eu sinta qu'és feliz. Podes ir, que é desfeito o nosso laço, Podes ir, que o teu nome nos meus lábios Nunca mais soará! Sim, vai; - mas este amor que me atormenta, Que tão grato me foi, que me é tão duro, Comigo morrerá! Tão belo o nosso amor! - foi só de um dia Como uma flor! Oh! que bem cedo o talismã quebraste Do nosso amor!
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