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| - I Que sonhas, virgem, nos sonhos Que à mente te vem risonhos Na primavera inda em flor? No celeste devaneio, No doce bater do seio, Que sonhas virgem? - amor? Que céus, que jardins, que flores, Que longos cantos de amores Nos lindos sonhos te vem? E quando a mente delira, E quando o peito suspira, Suspira o peito - por quem? Sonhando mesmo acordada, Pendida a fronte adorada Num cismar vago e sem fim; Do olhar o fogo tão vivo, A voz, o riso lascivo, O pensamento é - por mim?! Rio - 1858.
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Autor
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| - I Que sonhas, virgem, nos sonhos Que à mente te vem risonhos Na primavera inda em flor? No celeste devaneio, No doce bater do seio, Que sonhas virgem? - amor? Que céus, que jardins, que flores, Que longos cantos de amores Nos lindos sonhos te vem? E quando a mente delira, E quando o peito suspira, Suspira o peito - por quem? Sonhando mesmo acordada, Pendida a fronte adorada Num cismar vago e sem fim; Do olhar o fogo tão vivo, A voz, o riso lascivo, O pensamento é - por mim?! II Quando tu dormes tranqüila, Cerrada a negra pupila E o lábio doce a sorrir; Então o sonho dourado Nas dobras do cortinado Vem esmaltar teu dormir! Oh! sonha! - Feliz a idade Das rosas da virgindade, Dos sonhos do coração! - Puro vergel de açucenas Ou lago d'águas serenas Que estremece à viração! Feliz! Feliz quem pudera Colher-te na primavera De galas rica e louçã! Feliz oh! flor dos amores, Quem te beber os odores Nos orvalhos da manhã! Rio - 1858.
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