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  • Per amica silentia lunae
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  • I II É doce então abrir os seios d'alma Aos effluvios do céo: flor que hão crestado Ardentias do sol, e ainda timida Palpitando entre o susto e a esperança, Retoma agora aos poucos novo alento Ao sentir-se segura, e abrindo o calix Estremece de amor a cada gôtta Dos orvalhos do céo: como que a vida Solta de tanto laço que a comprime, Como gaz que ao calor se ha dilatado, Se expande livre agora e cresce e absorve Em si mil harmonias, mil poderes Que esse universo tem: como as correntes Occultas, que os oceanos communicam, A natureza e o espirito permutam Sympathias e forças, em que a alma Mais cresce e mais comprehende, e mais abrange, E n'este permutar de força e força Quasi na vida universal se funda.
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  • Per amica silentia lunae
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Autor
  • Antero de Quental
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  • I II É doce então abrir os seios d'alma Aos effluvios do céo: flor que hão crestado Ardentias do sol, e ainda timida Palpitando entre o susto e a esperança, Retoma agora aos poucos novo alento Ao sentir-se segura, e abrindo o calix Estremece de amor a cada gôtta Dos orvalhos do céo: como que a vida Solta de tanto laço que a comprime, Como gaz que ao calor se ha dilatado, Se expande livre agora e cresce e absorve Em si mil harmonias, mil poderes Que esse universo tem: como as correntes Occultas, que os oceanos communicam, A natureza e o espirito permutam Sympathias e forças, em que a alma Mais cresce e mais comprehende, e mais abrange, E n'este permutar de força e força Quasi na vida universal se funda. III Lembranças de um viver já pressentido, Ou memorias — talvez — de uma outra vida, Que nos relembra vaga, e como em sonhos, E sobre o fundo d'esta se destacam Como pela penumbra um vulto incerto... Aspirações, memorias, ou saudades, O que nos enche o peito e nos enleva Como um sonho de amor — e mais ainda — Senão este mysterio do futuro, Esta attracção do sêr a vida nova, Que se foge e se busca e nos revela A vida universal, então sentida Mais forte na harmonia do Universo? IV V VI E quem pode temel-a, essa viagem, Quando fitando o olhar no alto, avista Banhado em luz o espaço immenso e puro, Patente e franca a estrada do Universo, E como que visivel o infinito? Quando tudo no céo e pela terra Parece, como irmão, dar-nos confiança Em nós e em si para seguir avante? Quando se sente palpitar no seio Não só já a mesquinha vida propria Mas todo o grande sêr do que é creado? Quando nas aras do Universo, o espirito Communga, como irmão, na mesma crença, Com tudo quanto vive, e a mais aspira, Ah! quem pode temer, noite de encanto, Noite pura e sagrada ao Deus de affecto, Protegido por tua luz amiga, A aspiração dos immortaes destinos. Um pouco mais ao peregrinar constante, A entrevista do infinito e do homem? VII Mosteiro da Batalha, 1861.
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