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| - Sai das nuvens, levanta a fronte e escuta O que dizem teus filhos rebelados, Velho Jeová de longa barba hirsuta, Solitário em teus Céus acastelados: « — Cessou o império enfim da força bruta! Não sofreremos mais, emancipados, O tirano, de mão tenaz e astuta, Que mil anos nos trouxe arrebanhados! Enquanto tu dormias impassível, Topámos no caminho a liberdade Que nos sorrio com gesto indefinível... Já provámos os frutos da verdade... Ó Deus grande, ó Deus forte, ó Deus terrível. Não passas d'uma vã banalidade! — » II
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abstract
| - Sai das nuvens, levanta a fronte e escuta O que dizem teus filhos rebelados, Velho Jeová de longa barba hirsuta, Solitário em teus Céus acastelados: « — Cessou o império enfim da força bruta! Não sofreremos mais, emancipados, O tirano, de mão tenaz e astuta, Que mil anos nos trouxe arrebanhados! Enquanto tu dormias impassível, Topámos no caminho a liberdade Que nos sorrio com gesto indefinível... Já provámos os frutos da verdade... Ó Deus grande, ó Deus forte, ó Deus terrível. Não passas d'uma vã banalidade! — » II Mas o velho tirano solitário, De coração austero e endurecido, Que um dia, de enjoado ou distraido, Deixou matar seu filho no Calvário, Sorriu com rir extranho, ouvindo o vario Tumultuoso côro e alarido Do povo insipiente, que, atrevido, Erguia a voz em grita ao seu sacrário: « — Vanitas vanitatum! (disse). É certo Que o homem vão medita mil mudanças, Sem achar mais do que erro e desacerto. Muito antes de nascerem vossos pais D'um barro vil, ridículas crianças, Sabia em tudo isso... e muito mais! — »
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