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| - Em janeiro de 2003, o monarca açoriano revelou que em pouco tempo deixaria de ter condições de comandar o país. O Reino Unido dos Açores deparou-se assim, pela primeira vez, com o problema da sucessão de Córdova III. O Rei era viúvo, e seu breve casamento com a rainha aquitanesa, Catherine Delle Rovere, não produziu um herdeiro para o trono açoriano. De uma relação anterior, em 1998, o Rei tivera um filho, mas este morreu ainda jovem. Somente na pessoa de Adriano de Córdova, sobrinho do Rei, a Dinastia Zarco continuava, mas ele não possuía a cidadania açoriana.
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| - Em janeiro de 2003, o monarca açoriano revelou que em pouco tempo deixaria de ter condições de comandar o país. O Reino Unido dos Açores deparou-se assim, pela primeira vez, com o problema da sucessão de Córdova III. O Rei era viúvo, e seu breve casamento com a rainha aquitanesa, Catherine Delle Rovere, não produziu um herdeiro para o trono açoriano. De uma relação anterior, em 1998, o Rei tivera um filho, mas este morreu ainda jovem. Somente na pessoa de Adriano de Córdova, sobrinho do Rei, a Dinastia Zarco continuava, mas ele não possuía a cidadania açoriana. A solução para tal impasse foi apelar para a linha nobiliárquica açoriana, que dispunha que duques e arquiduques açorianos eram herdeiros potenciais do trono. Os arquiduques Diogo Frederico II e Waldir Bambino de Rezende eram os primeiros nessa linha. Como Dom Diogo Frederico II estava afastado do país, a escolha recaiu automaticamente sobre Dom Waldir Rezende, que foi nomeado Delfim do Reino Unido e Lorde Protetor da Coroa. Com a questão aparentemente resolvida, o país voltou a concentrar-se no seu desenvolvimento e uma nova onda imigratória, principalmente de portugueses, reforçou a sociedade açoriana. Projetos de lei foram apresentados, visando incorporar à Constituição Nacional certos dispositivos consagrados pelo uso, como a convocação dos Estados Gerais. No plano político, um novo gabinete foi formado pela premier Analice Andrade, composto por Roberto Carybé (Justiça), Rafael Navarro Cintra (Comunicações), Rogério Medeiros (Desenvolvimento). O gabinete “enxuto” utilizou alguns dos mais capazes e ativos açorianos, mas revelou a falência do sistema partidário. Nenhum dos ministros estava filiado a partidos políticos. O governo realizou, entre os dias 03 e 27 de fevereiro, o II Rally Internacional dos Açores, projeto pensado e desenvolvido pelo Duque Rogério Medeiros Ducado de Campos, e ministro do desenvolvimento. O Rally foi um sucesso estrondoso, com a participação de duas dezenas de pilotos das mais diversas micronações. O automobilismo consagrou-se como o esporte predileto dos açorianos, e por isso foi criada, por Eduardo Levante e Rogério Medeiros, a Federação Açoriana de Automobilismo. Ainda no mesmo mês, o ministro da justiça, Roberto Carybé, iniciou um ambicioso projeto de reforma judiciária, e propôs a realização de um concurso público para a admissão de juízes. No plano cultural, outro grande projeto começou: o Museu da História Açoriana, fechado desde 1999, passou para as mãos de Eduardo Levante, que conseguiu localizar vários antigos sítios açorianos na internet. Durante essas pesquisas, a Torre do Tomo foi esquadrinhada e algumas relíquias da História Nacional foram encontradas, como a primeira Ordenação Real, verdadeira certidão de nascimento do país. O monarca deixou o país em março e o problema da sucessão persistiu: o Delfim Waldir Rezende, nobre escolhido para suceder Córdova III, ficou afastado do Reino durante vários meses, impossibilitando assim a transferência do Poder Real. Não importou muito que a Constituição Nacional garantisse ampla liberdade para os agentes governamentais. Psicologicamente, tanto o governo como a sociedade não podiam passar sem um monarca: era um problema de ausência de liderança, e não administrativo. A política não tolera o vácuo, e em junho um bom número de cidadãos reuniu-se em torno de Analice Andrade, a premier, e Francis Lauer, governador do Reino de Córdova. Eles eram adversários políticos antigos, mas se aliaram com o objetivo de adquirir o título real por meio do processo de aclamação popular, uma possibilidade constitucional. Lauer saiu vitorioso na votação contra Analice Andrade, mas não alcançou a unanimidade exigida pela Constituição. A trégua entre os dois postulantes terminou com o retorno do Arquiduque Waldir Rezende. Analice Andrade passou a apoiar Rezende, que reivindicou para si a Coroa, na qualidade de Delfim do Reino Unido. Porém, parte significativa da população permaneceu apoiando Francis Lauer, criticando a prolongada ausência de Rezende. A situação tornou-se explosiva, e ambos os líderes buscaram reforçar suas posições. Francis Lauer empossara, logo após sua vitória, um novo gabinete, que tinha como premier Eduardo Levante. Waldir Rezende, por sua vez, entrou em contato com diversas micronações na qualidade de Delfim do Reino Unido. A desarticulação entre a política interna, dirigida por Lauer, e a externa, comandada por Waldir Rezende, apontava para uma ruptura do projeto micronacional dos Açores, quiçá uma guerra civil. Diante de tão terrível perspectiva, Córdova III pôs fim a seu afastamento, chegando a Cidade Douro em 22 de julho. Uma vez no Palácio do Atlântico, pronunciou um discurso em que relembrou a história do país e fez um chamamento à calma, comprometendo-se a mediar a questão e legitimar o futuro monarca através de um Concilium de nobres aberto à participação popular. Após alguma negociação, tanto Francis Lauer como Waldir Rezende acataram a decisão do monarca. Categoria:História dos Açores
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