Podia abrir-te as flores — com que veste As ricas e as felizes — n'esse peito: Fazer-te... o que a Fortuna ha sempre feito... Terias sempre a sorte que tiveste! Tinhas de ser assim... Teus olhos fitos, Que não são d'este mundo e onde eu leio Uns mistérios tão tristes e infinitos, Tua voz rara e esse ar vago e esquecido, Tudo me diz a mim, e assim o creio, Que para isto só tinhas nascido!
Podia abrir-te as flores — com que veste As ricas e as felizes — n'esse peito: Fazer-te... o que a Fortuna ha sempre feito... Terias sempre a sorte que tiveste! Tinhas de ser assim... Teus olhos fitos, Que não são d'este mundo e onde eu leio Uns mistérios tão tristes e infinitos, Tua voz rara e esse ar vago e esquecido, Tudo me diz a mim, e assim o creio, Que para isto só tinhas nascido!