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| - Dizia o rio, cheio De amor, abrindo o seio: "Quero abraçar-te as formas primorosas! Vem tu, que embalde veio O sol: somente anseio Por teu corpo, formosa entre as formosas! Quero-te inteiramente Nua! quero, tremente, Cingir de beijos tuas róseas pomas, Cobrir teu corpo ardente, E na água transparente Guardar teus vivos, sensuais aromas!" E prosseguia o vento: "Escuta o meu lamento! Vem! não quero a folhagem perfumada; Com a flor não me contento! Mais alto é o meu intento: Quero embalar-te a coma desnastrada!" Imagem:Separator.jpg
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abstract
| - Dizia o rio, cheio De amor, abrindo o seio: "Quero abraçar-te as formas primorosas! Vem tu, que embalde veio O sol: somente anseio Por teu corpo, formosa entre as formosas! Quero-te inteiramente Nua! quero, tremente, Cingir de beijos tuas róseas pomas, Cobrir teu corpo ardente, E na água transparente Guardar teus vivos, sensuais aromas!" E prosseguia o vento: "Escuta o meu lamento! Vem! não quero a folhagem perfumada; Com a flor não me contento! Mais alto é o meu intento: Quero embalar-te a coma desnastrada!" Imagem:Separator.jpg Tudo a exigia... Entanto, Alguém, oculto a um canto Do jardim, a chorar, dizia: "Ó bela! Já te não peço tanto: Secara-se o meu pranto Se visse a tua sombra na janela!" Categoria:Poesia brasileira Categoria:Olavo Bilac
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