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| - Que fico toda encantada Quando na Igreja a contemplo, Pois cuido ver uma fada Ajoelhada no Templo. Doce nuvem cor de rosa Parece que a Deus se eleva. D’aquela boca mimosa, D’aquele olhar cor de treva. É sua prece que voa, Indefinida e tão mansa, Como um hino que ressoa, Como uma voz de criança A trança de seu cabelo, (Como ela é negra, Jesus!) Semelha um lindo novelo Tão preto que já reluz. Tem a boquinha vermelha Como uma rosa entreabrindo... É um favo de mel de abelha Aquela boca sorrindo! Minh’alma nunca se cansa De vê-la assim, tão divina, Sempre formosa e criança Com seu perfil de menina.
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Autor
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| - Que fico toda encantada Quando na Igreja a contemplo, Pois cuido ver uma fada Ajoelhada no Templo. Doce nuvem cor de rosa Parece que a Deus se eleva. D’aquela boca mimosa, D’aquele olhar cor de treva. É sua prece que voa, Indefinida e tão mansa, Como um hino que ressoa, Como uma voz de criança A trança de seu cabelo, (Como ela é negra, Jesus!) Semelha um lindo novelo Tão preto que já reluz. Tem a boquinha vermelha Como uma rosa entreabrindo... É um favo de mel de abelha Aquela boca sorrindo! Minh’alma nunca se cansa De vê-la assim, tão divina, Sempre formosa e criança Com seu perfil de menina. Às vezes, eu olho-a tanto, Com tanta veneração, Que fico muda de espanto, Depois da contemplação. É verdade que não faz Mal nenhum fitá-la assim... Meu Deus! se eu fosse rapaz O que diriam de mim?!
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