rdfs:comment
| - Tenho uma harpa religiosa, Toda inteira fabricada De madeira preciosa Sobre o Líbano cortada. Foi o Senhor quem me deu, De santas palmas coberta, Que as notas suas concerta Aos sons do saltério hebreu! Tenho alaúde polido Em que antigos Trovadores, Em tom de guerra atrevido, Cantavam trovas de amores. Mas chegando a Santa Cruz, De volta do meu desterro, Cortei-lhe as cordas de ferro, Cordas de prata lhe pus.
|
abstract
| - Tenho uma harpa religiosa, Toda inteira fabricada De madeira preciosa Sobre o Líbano cortada. Foi o Senhor quem me deu, De santas palmas coberta, Que as notas suas concerta Aos sons do saltério hebreu! Tenho alaúde polido Em que antigos Trovadores, Em tom de guerra atrevido, Cantavam trovas de amores. Mas chegando a Santa Cruz, De volta do meu desterro, Cortei-lhe as cordas de ferro, Cordas de prata lhe pus. Tenho também uma lira De festões engrinaldada, Onde minha alma afinada Melindres d'amor suspira. Nas grinaldas, nos festões, Nas rosas com que s'enflora, Goteja o orvalho da aurora Dictamo dos corações. Eis o que tenho, ó Donzela, Só harpa, alaúde e lira; Nem vejo sorte mais bela, Nem coisa que lhe eu prefira. Votei assim ao meu Deus A minha harpa religiosa, A ti a lira mimosa, O grave alaúde aos meus!
|