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| - Pastava um touro enorme e forte, à beira d’água. Vendo-o tão grande, a rã, cheia de inveja e mágoa, Disse: “Por que razão hei de ser tão pequena, Que aos outros animais só faça nojo e pena? Vamos! quero ser grande! incharei tanto, tanto, Que, imensa, causarei às outras rãs espanto!” Pôs-se a comer e a inchar. E às rãs interrogava: Já vos pareço um touro?” E inchava, inchava, inchava! Mas em vão! tanto inchou que, num tremendo estouro, Rebentou e morreu, sem ficar como o touro. Essa tola ambição da rã que quer ser forte Muitos homens conduz ao desespero e à morte.
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abstract
| - Pastava um touro enorme e forte, à beira d’água. Vendo-o tão grande, a rã, cheia de inveja e mágoa, Disse: “Por que razão hei de ser tão pequena, Que aos outros animais só faça nojo e pena? Vamos! quero ser grande! incharei tanto, tanto, Que, imensa, causarei às outras rãs espanto!” Pôs-se a comer e a inchar. E às rãs interrogava: Já vos pareço um touro?” E inchava, inchava, inchava! Mas em vão! tanto inchou que, num tremendo estouro, Rebentou e morreu, sem ficar como o touro. Essa tola ambição da rã que quer ser forte Muitos homens conduz ao desespero e à morte. Gente pobre, invejando a gente que é mais rica, Quer como ela gastar, e inda mais pobre fica: — Gasta tudo o que tem, o que não tem consome, E, por querer ter mais, vem a morrer de fome. Categoria:Olavo Bilac Categoria:Poesia brasileira
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