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| - O que vês, trovador? — No esguio tronco Vejo erguer-se o chinó de uma nogueira... Além se entorna a luz sobre um rochedo, Tão liso como um pau de cabeleira. Nas praias lisas a maré enchente S'espraia cintilante d'ardentia... Em vez de aromas as douradas ondas Respiram efluviosa maresia! O que vês, trovador? — No céu formoso Ao sopro dos favônios feiticeiros Eu vejo — e treino de paixão ao vê-las - As nuvens a dormir, como carneiros. E vejo além, na sombra do horizonte, Como viúva moça envolta em luto, Brilhando em nuvem negra estrela viva Como na treva a ponta de um charuto.
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notas
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Autor
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abstract
| - O que vês, trovador? — No esguio tronco Vejo erguer-se o chinó de uma nogueira... Além se entorna a luz sobre um rochedo, Tão liso como um pau de cabeleira. Nas praias lisas a maré enchente S'espraia cintilante d'ardentia... Em vez de aromas as douradas ondas Respiram efluviosa maresia! O que vês, trovador? — No céu formoso Ao sopro dos favônios feiticeiros Eu vejo — e treino de paixão ao vê-las - As nuvens a dormir, como carneiros. E vejo além, na sombra do horizonte, Como viúva moça envolta em luto, Brilhando em nuvem negra estrela viva Como na treva a ponta de um charuto. Teu romantismo bebo, ó minha lua, A teus raios divinos me abandono, Torno-me vaporoso... e só de ver-te Eu sinto os lábios meus se abrir de sono.
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