Cantas... E eu ouço etérea cavatina! Há nos teus lábios - dois sangrentos círios - A gêmea florescência de dois lírios Entrelaçados numa unção divina. Como o santo levita dos Martírios, Rendo piedosa dúlia peregrina À tua doce voz que me fascina, - Harpa virgem brandindo mil delírios! Quedo-me aos poucos, penseroso e pasmo, E a Noite afeia corno num sarcasmo E agora a sombra vesperal morreu... Chegou a Noite... E para mim, meu anjo, Teu canto agora é um salmodiar de arcanjo, É a música de Deus que vem do Céu!
Cantas... E eu ouço etérea cavatina! Há nos teus lábios - dois sangrentos círios - A gêmea florescência de dois lírios Entrelaçados numa unção divina. Como o santo levita dos Martírios, Rendo piedosa dúlia peregrina À tua doce voz que me fascina, - Harpa virgem brandindo mil delírios! Quedo-me aos poucos, penseroso e pasmo, E a Noite afeia corno num sarcasmo E agora a sombra vesperal morreu... Chegou a Noite... E para mim, meu anjo, Teu canto agora é um salmodiar de arcanjo, É a música de Deus que vem do Céu!