rdfs:comment
| - Como a crisálida emergindo do ovo Para que o campo flórido a concentre, Assim, oh! Mãe, sujo de sangue, um novo Ser, entre dores, te emergiu do ventre! E puseste-lhe, haurindo amplo deleite, No lábio róseo a grande teta farta - Fecunda fonte desse mesmo leite Que amamentou os éfebos de Esparta - Com que avidez ele essa fonte suga! Ninguém mais com a Beleza está de acordo, Do que essa pequenina sanguessuga, Bebendo a vida no teu seio gordo! Pois, quanto a mim, sem pretensões, comparo, Essas humanas coisas pequeninas A um biscuit de quilate muito raro Exposto ai, á amostra, nas vitrinas.
|
abstract
| - Como a crisálida emergindo do ovo Para que o campo flórido a concentre, Assim, oh! Mãe, sujo de sangue, um novo Ser, entre dores, te emergiu do ventre! E puseste-lhe, haurindo amplo deleite, No lábio róseo a grande teta farta - Fecunda fonte desse mesmo leite Que amamentou os éfebos de Esparta - Com que avidez ele essa fonte suga! Ninguém mais com a Beleza está de acordo, Do que essa pequenina sanguessuga, Bebendo a vida no teu seio gordo! Pois, quanto a mim, sem pretensões, comparo, Essas humanas coisas pequeninas A um biscuit de quilate muito raro Exposto ai, á amostra, nas vitrinas. Mas o ramo fragílimo e venusto Que hoje nas débeis gêmulas se esboça, Há de crescer, há de tornar-se arbusto E álamo altivo de ramagem grossa. Clara, a atmosfera se encherá de aromas, O Sol virá das épocas sadias. E o antigo leão, que te esgotou as pomas, Há de beijar-te as mãos todos os dias! Quando chegar depois tua velhice Batida pelos bárbaros invernos, Relembrarás chorando o que eu te disse, À sombra dos sicômoros eternos!
|