abstract
| - Partamona nigrilabris sp. nov. (Figs. 157, operária; 169, distribuição; Tabs. II-IX, XII) ?Partamona cupira; Martins, 1994:231. Diagnose. Abelhas de porte pequeno (l.m.c. 2,2-2,4 mm, c.a.a. 4,9-5,4 mm; Tabs. III, IV). Integumento preto. Labro amarelado, descolorido ou enegrecido. Mandíbula predominantemente castanho-escura, ou predominantemente amarelada em alguns indivíduos. Flagelo castanho escuro ou castanho amarelado. Máculas da cabeça e tórax apagadas ou pouco conspícuas; estrias paroculares alargadas embaixo (ca. 1,5x o diâmetro do 2o flagelômero) e afilando suavemente, até desaparecer na altura da interorbital máxima. Pilosidade preta. Membrana das asas hialina; microtríquias fuscas em toda a asa ou amarelas apenas na região do pterostigma; veias alares méleas, escurecidas pelas microtríquias escuras. Cerdas do escapo curtas, apenas uma ou duas na base um pouco mais longas que as demais (1,0-1,1x o diâmetro do escapo; Tab. VII). Cerdas eretas das áreas paroculares, ao lado dos alvéolos, tão longas quanto o diâmetro do escapo. Cerdas do escutelo curtas, ca. 0,8x o comprimento deste. Área basal do propódeo com uma faixa mediana glabra, aproximadamente tão larga quanto o diâmetro do 2o flagelômero. Dentes da mandíbula pequenos e recuados em relação ao ápice do bordo apical (como na figura 56 de P. auripennis). Área malar, distância interocelar, distância ocelorbital, tíbia III e comprimento da asa anterior, normais (Tabs. V, VI, VIII, IX). Bifurcação da M+Cu coincidente com a cu-v. Operária. Dimensões. Comprimento total aproximado, 6,23 mm; da asa anterior, 5,15 mm (incluindo a tégula, 5,69 mm); largura máxima da cabeça, 2,38 mm; do TIII, 2,10 mm (Tab. XII). Cor do integumento. Predominantemente preto, um pouco acastanhado ventralmente, metanoto e tíbias III mais claros; os tarsômeros ferrugíneos. Tégula ferrugínea, na porção discal translúcida. Labro enegrecido, com algumas manchas amareladas nos lados; mandíbula amarelada na metade basal e ferrugínea em direção ao ápice, côndilos enegrecidos. Escapo com a face inferior amarelada e a superior enegrecida. Flagelo com a face inferior castanho-ferrugínea e a superior mais escurecida. Máculas da face mais nítidas apenas nas paroculares, as demais um pouco apagadas. Manchas do clípeo aproximadamente triangulares, um pouco apagadas medianamente, a distância entre elas, na porção mais apical do clípeo, menor que o diâmetro do 2o flagelômero. Mancha supraclipeal difusa, irregular. Sem manchas na fronte. Estrias paroculares curtas, bem alargadas embaixo (ca. 1,13x o diâmetro do 2o flagelômero), estreitando-se gradualmente e terminando na altura do meio da fronte, na linha da distância interorbital máxima. Genas com uma pequena mancha margeando o terço inferior do olho. Tórax com as estrias laterais do mesoscuto nítidas; as axilas praticamente por inteiro amareladas; o bordo posterior do escutelo com uma estria muito difusa, apagada medianamente. Membrana da asa anterior muito levemente ferrugínea; microtríquias acastanhadas para a base e amareladas em direção ao ápice da asa; veias méleo-castanhas, C e R mais escurecidas, pterostigma méleo. Pilosidade. Predominantemente enegrecida, apenas o ápice das cerdas na parte ventral do tórax mais claras. Área basal do propódeo com uma faixa glabra mediana. A franja pré-marginal do TIII com cerdas muito mais curtas na região mediana que nas laterais. Cerdas da base do escapo curtas, 0,8x o diâmetro deste. Áreas paroculares inferiores, ao lado dos alvéolos, com as cerdas eretas 1,2x o diâmetro do escapo. As cerdas do clípeo tão longas quanto o diâmetro do escapo; na fronte, 1,33x; no vértice mais longas, ca. 2,07x; no disco do mesoscuto e na porção anterior da linha média 1,33 e 1,80x, respectivamente. As cerdas mais longas no ápice do escutelo com ca. de 0,8x o comprimento deste. Integumento. Liso e polido, apenas com a pontuação pilígera típica do gênero. Forma e proporções (Tab. XII). Cabeça, 1,19x mais larga que longa, e 1,32x mais larga que a distância clipeocelar. Olhos 2,33x mais longos que largos, levemente convergentes embaixo. Área malar ca. de 1,06x o diâmetro do 2o flagelômero. Clípeo 0,55x mais curto que sua largura máxima e 0,36x a distância clipeocelar. Mandíbulas 0,55x a distância clipeocelar; os dentes pequenos e recuados em relação ao bordo (Fig. 56). Escapo 0,92x a distância alvéolo-ocelo lateral, seu diâmetro um pouco menor que o do 2o flagelômero. Distância interocelar 1,43x maior que a ocelorbital e ca. de 1,90x o diâmetro do ocelo médio. Escutelo aproximadamente semicircular, cerca de 0,49x mais curto que largo. Tíbia III 0,89x mais curta que a cabeça, e 2,12x mais longa que larga; o canto póstero-distal subanguloso, pouco projetado, a margem apical fracamente sinuada; o contorno da margem posterior, suavemente sinuado. Basitarso III 1,52x mais longo que largo; o canto póstero-distal subanguloso e a margem apical em ângulo um pouco maior que 90o em relação à margem anterior. Asa anterior 2,58x mais longa que larga e 2,16x a largura máxima da cabeça. Bifurcação de M+Cu levemente posterior à cu-v. Hâmulos, 4-5. Macho. Desconhecido. Material-tipo. Holótipo, operária, de "Salvador - BA, Brail (sic = Brasil) 19-III 61 H e A. Cordeiro", parátipos, 20 operárias da mesma série, depositadas no DZUP (16) e RPSP (4). Material examinado. Apenas o material-tipo. Distribuição geográfica e hábitat. Só conhecida de Salvador, BA, Brasil (Fig. 169). Nidificação. Desconhecida. Etimologia. Do latim, niger = preto, negro + labrum = lábio, indicando a cor enegrecida do labro. Discussão. Praticamente idêntica a P. nigrior, apenas a descontinuidade geográfica (Fig. 169), indica que, possivelmente, constituam unidades históricas independentes. Pode ser reconhecida entre as espécies que ocorrem na região nordeste, principalmente pela forma das estrias paroculares e pelo labro enegrecido. Outros comentários na discussão sobre P. nigrior.
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