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| - Oh! qui révèlera les troubles, les mystères Que ressentent d’abord deux amants solitaires Dans l'abandon dun chaste amour? (Amour et Foi) O céu era azul, tão meigo e tão brando, E a terra era a noiva que bem se arreava Que a mente exultava, mais longe escutando O mar a quebrar-se na praia arenosa. O céu era azul, e na cor semelhava Vestido sem nódoa de pura donzela; E a terra era a noiva que bem se arreava De flores, matizes; mas vária, mas bela. Ela era brilhante, Qual raio do sol; E ele arrogante, De sangue espanhol.
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| - Oh! qui révèlera les troubles, les mystères Que ressentent d’abord deux amants solitaires Dans l'abandon dun chaste amour? (Amour et Foi) O céu era azul, tão meigo e tão brando, E a terra era a noiva que bem se arreava Que a mente exultava, mais longe escutando O mar a quebrar-se na praia arenosa. O céu era azul, e na cor semelhava Vestido sem nódoa de pura donzela; E a terra era a noiva que bem se arreava De flores, matizes; mas vária, mas bela. Ela era brilhante, Qual raio do sol; E ele arrogante, De sangue espanhol. E o espanhol muito amava A virgem mimosa e bela; Ela amante, ele zeloso Dos amores da donzela; Ele tão nobre e folgando De chamar-se escravo dela! E ele disse: — Vês o céu? — E ela disse: — Vejo, sim; Mais polido que o polido Do meu véu azul cetim. — Torna-lhe ele... (oh! quanto é doce Passar-se uma noite assim!) — Por entre os vidros pintados D'igreja antiga, a luzir Não vês luz? — Vejo. — E não sentes De a veres, meigo sentir? — É doce ver entre as sombras A luz do templo a luzir! — E o mar, além, preguiçoso Não vês tu em calmaria? — É belo o mar; porém sinto, Só de o ver, melancolia. — Que mais o teu rosto enfeita Que um sorriso de alegria. — E eu também acho em ser triste Do que alegre, mais prazer; Sou triste, quando em ti penso, Que só me falta morrer; Mesmo a tua voz saudosa Vem minha alma entristecer. — E eu sou feliz, como agora, Quando me falas assim; Sou feliz quando se riem Os lábios teus de carmim; Quando dizes que me adoras, Eu sinto o céu dentro em mim. — És tu só meu Deus, meu tudo. És tu só meu puro amar, És tu só que o pranto podes Dos meus olhos enxugar. — Com ela repete o amante: — És tu só meu puro amar! — E o céu era azul, tão meigo e tão brando E a terra tão erma, tão só, tão saudosa Que a mente exultava, mais longe escutando O mar a quebrar-se na praia arenosa!
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