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| - São estes os sítios? São estes; mas eu O mesmo não sou. Marília, tu chamas? Espera, que eu vou. Daquele penhasco Um rio caía; Ao som do sussurro Que vezes dormia! Agora não cobrem Espumas nevadas As pedras quebradas; Parece que o rio O curso voltou São estes os sítios? São estes; mas eu O mesmo não sou. Marília, tu chamas? Espera, que eu vou. Meus versos alegre Aqui repetia: O eco as palavras Três vezes dizia, Se chamo por ele, Já não me responde; Parece se esconde, Casado de dar-me Os ais, que lhe dou.
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abstract
| - São estes os sítios? São estes; mas eu O mesmo não sou. Marília, tu chamas? Espera, que eu vou. Daquele penhasco Um rio caía; Ao som do sussurro Que vezes dormia! Agora não cobrem Espumas nevadas As pedras quebradas; Parece que o rio O curso voltou São estes os sítios? São estes; mas eu O mesmo não sou. Marília, tu chamas? Espera, que eu vou. Meus versos alegre Aqui repetia: O eco as palavras Três vezes dizia, Se chamo por ele, Já não me responde; Parece se esconde, Casado de dar-me Os ais, que lhe dou. São estes os sítios? São estes; mas eu O mesmo não sou. Marília, tu chamas? Espera, que eu vou. Aqui um regato Corria sereno Por margens cobertas De flores, e feno: À esquerda se erguia Um bosque fechado, E o tempo apressado, Que nada respeita, Já tudo mudou. São estes os sítios? São estes; mas eu O mesmo não sou. Marília, tu chamas? Espera, que eu vou. Mas como discorro? Acaso podia Já tudo mudar-se No espaço de um dia? Existem as fontes, E os freixos copados; Dão flores os prados, E corre a cascata, Que nunca secou. São estes os sítios? São estes; mas eu O mesmo não sou. Marília, tu chamas? Espera, que eu vou. Minha alma, que tinha Liberta a vontade, Agora já sente Amor, e saudade, Os sítios formosos me agradaram, Ah! Não se mudaram; Mudaram-se os olhos, De triste que estou. São estes os sítios? São estes; mas eu O mesmo não sou. Marília, tu chamas? Espera, que eu vou.
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