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| - Em um castelo doirado Dorme encantada donzela... Nasceu; e vive dormindo — Dorme tudo junto dela. Adormeceu-a, sonhando, Um feiticeiro condão, E dormem no seio dela As rosas do coração. Dorme a lâmpada argentina Defronte do leito seu; Noite a noite a lua triste Vem espreitá-la do céu. Voam os sonhos errantes Do leito sob o dossel E suspiram no alaúde As notas do menestrel. E no castelo, sozinha, Dorme encantada donzela... Nasceu; e vive dormindo — Dorme tudo junto dela. Dormem cheirosas, abrindo, As roseiras em botão... E dormem no seio dela As rosas do coração. II
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abstract
| - Em um castelo doirado Dorme encantada donzela... Nasceu; e vive dormindo — Dorme tudo junto dela. Adormeceu-a, sonhando, Um feiticeiro condão, E dormem no seio dela As rosas do coração. Dorme a lâmpada argentina Defronte do leito seu; Noite a noite a lua triste Vem espreitá-la do céu. Voam os sonhos errantes Do leito sob o dossel E suspiram no alaúde As notas do menestrel. E no castelo, sozinha, Dorme encantada donzela... Nasceu; e vive dormindo — Dorme tudo junto dela. Dormem cheirosas, abrindo, As roseiras em botão... E dormem no seio dela As rosas do coração. II A donzela adormecida É a tua alma, santinha, Que não sonha nas saudades E nos amores da minha. — Nos meus amores que velam Debaixo do teu dossel E suspiram no alaúde As notas do menestrel. Acorda, minha donzela, Foi-se a lua, eis a manhã E nos céus da primavera É a aurora tua irmã. Abriram no vale as flores Sorrindo na fresquidão: Entre as rosas da campina Abram-se as do coração. Acorda, minha donzela, Soltemos da infância o véu... Se nós morrermos num beijo, Acordaremos no céu.
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