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| - Meu pobre coração que estremecias, Suspira a desmaiar no peito meu: Para enchê-lo de amor, tu bem sabias Bastava um beijo teu! Como o vale nas brisas se acalenta, O triste coração no amor dormia; Na saudade, na lua macilenta Sequioso ar bebia! Se nos sonhos da noite se embalava Sem um gemido, sem um ai sequer, E que o leite da vida ele sonhava Num seio de mulher! Se abriu tremendo os íntimos refolhos, Se junto de teu seio ele tremia, E que lia a ventura nos teus olhos, É que deles vivia!
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abstract
| - Meu pobre coração que estremecias, Suspira a desmaiar no peito meu: Para enchê-lo de amor, tu bem sabias Bastava um beijo teu! Como o vale nas brisas se acalenta, O triste coração no amor dormia; Na saudade, na lua macilenta Sequioso ar bebia! Se nos sonhos da noite se embalava Sem um gemido, sem um ai sequer, E que o leite da vida ele sonhava Num seio de mulher! Se abriu tremendo os íntimos refolhos, Se junto de teu seio ele tremia, E que lia a ventura nos teus olhos, É que deles vivia! Via o futuro em mágicos espelhos, Tua bela visão o enfeitiçava, Sonhava adormecer nos teus joelhos... Tanto enlevo sonhava! Via nos sonhos dele a tua imagem Que de beijos de amor o recendia... E, de noite, nos hálitos da aragem Teu alento sentia! Ó pálida mulher! se negra sina Meu berço abandonado me embalou, Não te rias da sede peregrina Dest'alma que te amou... Que sonhava em teus lábios de ternura Das noites do passado se esquecer... Ter um leito suave de ventura... E amor onde morrer!
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