abstract
| - Em 1991, a Sociedade Torre de Vigia de Nova Iorque requereu a afiliação à Secção das ONGs do DIP (Departamento de Informação Pública) das Nações Unidas como uma ONG (Organização Não Governamental), tendo obtido esse estatuto em 1992. Ao aceitar essa associação, a STV concordou em preencher os requisitos para essa associação, incluindo apoio e respeito aos princípios da Carta das Nações Unidas e compromisso e meios de conduzir programas de informação efetivos para os seus membros e para uma audiência mais vasta sobre as atividades das ONU. Os responsáveis pela inscrição foram: Lloyd Barry, do Corpo Governante e Vice-presidente da STV (dos EUA), e Ciro Aulicino, membro assistente do Departamento de Redação. Isso foi interpretado pelo críticos das Testemunhas de Jeová como afastamento do Corpo Governante do seu ensino de manter uma estrita Neutralidade Cristã. Segundo as suas publicações, a ONU é uma organização politica multinacional que está em oposição ao Reino de Deus. A partir de agosto de 2001, quando estes fatos se tornaram do conhecimento público, gerou de imediato numerosos pedidos de infomações e de protestos. (Fonte: Jornal britânico The Guardian de 8/10/2001 e 15/10 de 2001, artigos de Stephen Bates) Em consequencia disso, a STV requereu de imediato o fim de sua associação com o DPI. Seguindo este pedido, o DPI da ONU pôs fim à associação em 9 de outubro de 2001. O Corpo Governante informou a todos os Escritórios de Filial que a razão de a Sociedade Torre de Vigia de Nova Iorque tornar-se numa ONG associada ao DIP.
* Foi que "precisava utilizar a biblioteca [ Dag Hammarskjold ] das Nações Unidas para pesquisar assuntos ... Os formulários preenchidos na época junto às Nações Unidas, que temos arquivado, não contêm quaisquer declarações que conflituem com nossas crenças cristãs. Além do mais, as ONGs foram notificadas pelas Nações Unidas que a associação das ONGs com o DIP não constitui sua incorporação ao sistema das Nações Unidas, nem conferem às organizações associadas ou ao seu pessoal quaisquer privilégios, imunidades ou estatuto especial." (Carta da Comissão Presidente do Corpo Governante de 1/11/2001 - a todos os Escritórios de Filial - Confidêncial) É um fato que em suas publicações e comunicações internas, a liderança da religião não informou da sua parceria de 9 anos. Algumas Testemunhas ao tomar conhecimento deste fato, independente da versão oficial, concluíram que as críticas tinham fundamento. O acesso à biblioteca acima citada não obrigava a Sociedade Torre de Vigia a ser uma ONG associada ao DIP da ONU. As condições de afiliação são públicas, apesar das declarações das enganosas dos seus porta-vozes. De acordo com a primeira justificação, o registo foi feito para poder dar Ajuda humanitária e defender os Direitos Humanos em diversos países do mundo. Paul Gillies, do Gab. de Informação Pública da religião na Grã-Bertanha, enviou em 28/10/2001 uma carta em resposta ao jornal The Guardian.
* "Os artigos de Stephen Bates no The Guardian de 8/10 e 15/10 de 2001 deturpou a razão do registo ... junto às Nações Unidas e contém alguns erros fatuais. Em 1991, uma de nossas corporações legais se registou junto às Nações Unidas como ONG com o único objetivo de ter acesso à vasta biblioteca das Nações Unidas. Este registo possibilita que um escritor que tenha recebido um cartão de identificação, possa aceder à biblioteca para pesquisar e obter informações que possam ser utilizadas em artigos sobre as Nações Unidas a serem escritos em nossas revistas. Não há nada de secreto nisso. Na época da inscrição, não se exigiu nenhuma assinatura em qualquer formulário. Anos mais tarde, sem que o Corpo Governante das Testemunhas de Jeová fosse notificado, as Nações Unidas publicaram o "Critério obrigando as ONGs a ela associadas a apoiarem os objetivos das Nações Unidas. Ao tomarmos conhecimento da situação, solicitamos a nossa dissociação e o cartão de identificação do escritor foi devolvido." Uma pesquisa não tendenciosa sobre os critérios de associação disponíveis na Internet prova a falsidade ideológica do Corpo Governante. Stephen Bates, autor dos artigos mencionados, replicou:
* "se não havia nada secreto com relação à sua associação com "a Fera de Escarlate" [ isto é, a ONU ], me surpreendeu que tantos dos seus seguidores nada sabiam a respeito dela, considerando a frequente condenação da ONU feita pela STV em suas publicações. Todos esses acontecimentos podem ser interpretados pelas Testemunhas como tendo um ar de traição e hipocrisia. Se não era segredo e a associação foi apenas para conseguir o acesso para uso da biblioteca, por que o Sr. [ Gillies ] não me informou disso quando falei consigo vários dias antes da publicação do artigo? ... E por que a STV decidiu se desligar apenas 2 dias depois do aparecimento de meu artigo, quando a STV "soube da situação" que, certamente, não era segredo? Qualquer organização que se afilia a outra deve, certamente, saber que tem que se sujeitar a certos princípios básicos, portanto, fingir que, de repente, se viram obrigados a aceitar os princípios que regem a Carta da ONU é, no mínimo, falta de sinceridade. Ao ponto em que pude deduzir de sua carta, não há quaisquer erros fatuais em minhas reportagens pois o Sr. não me apontou nenhum que não tivesse tido a oportunidade de esclarecer quando conversamos." Segundo Pedro Candeias, do Gab. de Informação Pública em Portugal, reafirmou que "o registo como ONG só foi feito para dar Ajuda humanitária e defender os Direitos Humanos em diversos países do mundo e que essa inscrição não violava os preceitos estatutários das Testemunhas de Jeová e as críticas ao registo não têm qualquer fundamento. (Jornal Público Online de 20/1/2002)
|