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  • Eguns
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  • right|thumb|200px|Egum Babá, coberto pelo opá Os eguns, egunguns (do iorubá egúngún, "'espírito de ancestral"), ou babás ("pais", em iorubá) são espíritos ancestrais especialmente preparados para serem invocados e materializados, homenageados em um culto do candomblé completamente separado das casas de Orixá. Na Bahia, há duas dessas sociedades de Egungum, cujo tronco comum remonta ao tempo da escravatura: Ilê Agboulá, a mais antiga, em Ponta de Areia, e outra mais recente e ramificação da primeira, o Ilê Oyá, ambas em Itaparica, Bahia.
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  • right|thumb|200px|Egum Babá, coberto pelo opá Os eguns, egunguns (do iorubá egúngún, "'espírito de ancestral"), ou babás ("pais", em iorubá) são espíritos ancestrais especialmente preparados para serem invocados e materializados, homenageados em um culto do candomblé completamente separado das casas de Orixá. Na Bahia, há duas dessas sociedades de Egungum, cujo tronco comum remonta ao tempo da escravatura: Ilê Agboulá, a mais antiga, em Ponta de Areia, e outra mais recente e ramificação da primeira, o Ilê Oyá, ambas em Itaparica, Bahia. O objetivo do culto é tornar visível os espíritos dos ancestrais, agindo como uma ponte, um veículo, um elo entre os vivos e seus antepassados. Ao mesmo tempo, mantém a continuidade entre a vida e a morte e um estrito controle das relações entre os vivos e mortos, estabelecendo uma distinção bem clara entre os dois mundos: o dos vivos e o dos mortos. O egum é a morte que volta à terra em forma espiritual e visível aos olhos dos vivos. Ele “nasce” através de ritos que sua comunidade elabora e pelas mãos dos Ojé (sacerdotes) munidos de um instrumento invocatório, um bastão chamado ixã, que, quando tocado na terra por três vezes e acompanhado de palavras e gestos rituais, faz com que a “morte se torne vida”, e o egungum ancestral fique de novo “vivo”. A aparição dos eguns é cercada de mistério, diferente do culto aos orixás, em que o transe acontece durante as cerimônias públicas, perante olhares profanos, fiéis e iniciados. O egungum simplesmente surge no salão, causando impacto visual e usando a surpresa como rito. Apresenta-se totalmente coberto por uma roupa de tiras multicoloridas, que não permite ver nenhum vestígio do que está sob a roupa. O egum fala com uma voz gutural inumana, rouca, ou às vezes aguda, metálica e estridente chamada de séègí ou sé, relacionada com a voz do macaco chamado ijimerê na Nigéria. Os eguns e a assistência não devem tocar-se, pois a pessoa que for tocada por Egum se tornará um “assombrado”, e o perigo a rondará. Terá de passar por vários ritos de purificação para afastar os perigos de doença ou, talvez, a própria morte. Todos os mariwo usam o ixã, no lugar das mãos, para controlar a “morte”, ali representada pelos eguns, até mesmo os sacerdotes mais qualificados, como os ojé atokun, que invocam, guiam e zelam por um ou mais eguns. Os egum-agbá (anciões), também chamados de babá-egum (pais), são eguns que já tiveram os seus ritos completos e permitem, por isso, que suas roupas sejam mais completas e suas vozes sejam liberadas para que eles possam conversar com os vivos. A roupa, chamada eku na Nigéria e opá na Bahia, é sagrada e nenhum humano pode tocá-la. Divide-se em três partes: * o abalá, uma armação quadrada ou redonda, como se fosse um chapéu que cobre totalmente a extremidade superior do Babá, e da qual caem várias tiras de panos coloridas, formando uma espécie de franjas ao seu redor; * o kafô, uma túnica de mangas que acabam em luvas, e pernas que acabam igualmente em sapatos; e * o banté, que é uma tira de pano especial presa no kafô, individualmente decorada, que identifica o Babá. Acredita-se que sob as tiras de pano encontra-se um ancestral conhecido ou, se ele não é reconhecível, qualquer coisa associada à morte. Neste último caso, o egungum representa ancestrais coletivos que simbolizam conceitos morais e são os mais respeitados e temidos, guardiães que são da ética e da disciplina moral do grupo. Os apaaraká são eguns mudos e suas roupas são as mais simples: não têm tiras, abalá ou banté e parecem um quadro de pano com duas telas, uma na frente e outra atrás. Esses eguns ainda estão em processo de elaboração para alcançar o status de Babá; são travessos e imprevisíveis, assustam e causam terror ao povo. Os mortos do sexo feminino recebem o nome de Iyami Agbá ("minha mãe anciã"), mas não são cultuados individualmente. Sua energia como ancestral é aglutinada de forma coletiva e representada por Iyami Oxorongá, chamada também de Iá Nlá, a grande mãe.
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