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| - Na mitologia egípcia existe uma história que parece uma plausível explicação para o mistério de Jacob e seu "inimigo" (apresentado no final da 5ª temporada): "Assim que Rá (Jacob) abre a pálpebra, o dia começa. A noite cai logo que ele a fecha. Quando os céus escurecem, a barca de Rá desaparece no Ocidente, afastando-se do mundo visível. Imediatamente, o deus abandona a forma humana que apresenta durante o dia e ganha uma cabeça de carneiro, com longos chifres recurvados. Seu barco atravessa uma vasta região selvagem e desolada. Essa região separa do reino dos vivos do reino dos mortos - é o Amanti, o mundo subterrâneo. Nesse lugar sombrio, o barco vai atravessar, uma após a outra, as doze portas da noite: cada uma representa o passar de uma hora. Quando, com infinita lentidão, os tripulan
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abstract
| - Na mitologia egípcia existe uma história que parece uma plausível explicação para o mistério de Jacob e seu "inimigo" (apresentado no final da 5ª temporada): "Assim que Rá (Jacob) abre a pálpebra, o dia começa. A noite cai logo que ele a fecha. Quando os céus escurecem, a barca de Rá desaparece no Ocidente, afastando-se do mundo visível. Imediatamente, o deus abandona a forma humana que apresenta durante o dia e ganha uma cabeça de carneiro, com longos chifres recurvados. Seu barco atravessa uma vasta região selvagem e desolada. Essa região separa do reino dos vivos do reino dos mortos - é o Amanti, o mundo subterrâneo. Nesse lugar sombrio, o barco vai atravessar, uma após a outra, as doze portas da noite: cada uma representa o passar de uma hora. Quando, com infinita lentidão, os tripulantes conseguem levar o barco para além dos desertos áridos, Rá chega finalmente ao império dos deuses subterrâneos, que o acolhem com deferência. Em seguida, os deuses oferecem a Rá quatro barcos, para que possa saudar Osíris que reina sobre os mortos. Na décima terceira hora, Rá atinge o domínio do deus Osíris. Na margem, os mortos aclamam-no com alegria e rebocam seus barcos. Depois de atravessar várias portas, o Sol penetra nas cavernas do Ocidente. Ali, as trevas são absolutas. O olho de Rá nada atinge, apesar de seu poder sobrenatural; os mortos também não podem mais enxergar o deus resplandecente. Nesse ponto, o rio está infestado de serpentes, que tornam a navegação perigosa e difícil. O único recurso de Rá é a magia. Segundo contam alguns, Rá transforma a barca numa enorme serpente, que se confunde com a massa agitada de répteis e consegue passar facilmente. Outros garantem que ele não modifica nada, mas coloca seu navio sob proteção de Mehen, a serpente divina. Tudo acontece em meio a uma escuridão tão profunda que se pode compreender que os homens deem explicações tão diferentes para esse episódio. O que importa é que o Sol deixa são e salvo essa zona perigosa, e em seguida sua barca avança lenta e facilmente. Dois peixes seguem à frente, um de nadadeiras cor-de-rosa e outro de nadadeiras lápis-lazúli. De repente, eles lançam um alerta, e Rá percebe que é chegada à hora de enfrentar seu pior inimigo. Realmente, ora brotando do fundo do abismo, ora enrodilhada em torno de um pico rochoso, ergue-se à silhueta ameaçadora e gigantesca da serpente Apep (o "inimigo de Jacob"), um monstro de quatrocentos e cinquenta cavados, que ataca o Sol toda manhã e todo entardecer. Se for derrotado, Rá desaparecerá, e uma desordem inimaginável se instalará no universo. De certo modo, será o fim do mundo, a morte definitiva de todo o Cosmos. No decorrer desse combate, Rá precisa usar todos os seus recursos mágicos. Às vezes, quando os dois se defrontam, o imenso corpo de Apep esconde o grande Rá. Nesse momento, o sol para de brilhar, e os homens assistem a um eclipse. Rá, no entanto, sempre consegue vencer o terrível réptil, que nunca desiste e, assim, o monstro sempre volta ao ataque. A vitória do deus Rá é o auge de sua navegação noturna e subterrânea. Ao atravessar uma porta monumental, o sol volta a brilhar no mundo dos vivos." [3]
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