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| - És engraçada e formosa Como a rosa, Como a rosa em mês d'Abril; És como a nuvem doirada Deslizada, Deslizada em céus d'anil. Tu és vária e melindrosa, Qual formosa Borboleta num jardim, Que as flores todas afaga, E divaga Em devaneio sem fim. És pura, como uma estrela Doce e bela, Que treme incerta no mar: Mostras nos olhos tua alma Terna e calma, Como a luz d'almo luar. Tuas formas tão donosas, Tão airosas, Formas da terra não são; Pareces anjo formoso, Vaporoso, Vindo da etérea mansão.
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abstract
| - És engraçada e formosa Como a rosa, Como a rosa em mês d'Abril; És como a nuvem doirada Deslizada, Deslizada em céus d'anil. Tu és vária e melindrosa, Qual formosa Borboleta num jardim, Que as flores todas afaga, E divaga Em devaneio sem fim. És pura, como uma estrela Doce e bela, Que treme incerta no mar: Mostras nos olhos tua alma Terna e calma, Como a luz d'almo luar. Tuas formas tão donosas, Tão airosas, Formas da terra não são; Pareces anjo formoso, Vaporoso, Vindo da etérea mansão. Assim, beijar-te receio, Contra o seio Eu tremo de te apertar: Pois me parece que um beijo É sobejo Para o teu corpo quebrar. Mas não digas que és só minha! Passa asinha A vida, como a ventura; Que te não vejam brincando, E folgando Sobre a minha sepultura. Tal os sepulcros colora Bela aurora De fulgores radiante; Tal a vaga mariposa Brinca e pousa Dum cadáver no semblante.
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