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| - A Pré-História é um período da História de Porto Claro que vai até a descoberta de Porto Claro por Jean de La Bêtise em 1516. Antes do descobrimento, apenas povos primitivos (embora essa nomenclatura seja hoje considerada preconceituosa) habitavam as terras da Ponta de Cumarumã ou Pointe Béhague ou, como se conhece atualmente, Porto Claro. Por toda a macrorregião da Amazônia e das Guianas, só havia registro de indígenas agricultores ou coletores. As casas de palafita eram mais comuns nas beiras de rio, mesmo assim para algumas culturas mais avançadas. O homem chegou à região por volta do ano 1000 a.C.. Algumas das peças arqueológicas mais comuns que restaram até hoje, encontradas em Pirraines e em Danielle, são as cerâmicas pintadas, ligeiramente parecidas com as do estilo marajoara. Fósseis animais foram pouco preservados pelo terreno. O grupo indígena dos Aruak (ou Aruaque) prevaleceu sobre os Karib (ou Caribe) e os Tupi, só deixando as terras que seriam de Porto Claro quando foram expulsos pelos colonizadores. Cultivavam a mandioca e viviam da pesca também. Como não tinham espírito guerreiro, apenas agricultor, foram facilmente dominados, tanto pelos europeus como por tribos vizinhas. Já não havia muitos quando os franceses chegaram, e nem os jesuítas conseguiram trabalhar com eles. Por isso o legado indígena é pequeno em Porto Claro. Os aruaque são o terceiro grupo indígena mais importante da América do Sul, expandindo-se da foz do Rio Amazonas até a Venezuela. Pouco é conhecido sobre seu modo de vida, mas o que se sabe é que não eram tão guerreiros quanto os Tupi e os Caribe. Seu talento para artesanato ficou conhecido a partir das preciosas peças da chamada “cerâmica marajoara”, assim como para a culinária, com a invenção da tapioca e do tucupi. O nome do grupo deu origem ao que se chama hoje de Região Aruaque, compreendida pelas micronações de Porto Claro, Orange, Marajó e adjacências.
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