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| - Mas eu que não tenho risos Nem alegrias tão pouco, Nem sinto esse fogo louco Que a mocidade consome, Nas brancas folhas do livro Só posso deixar meu nome! É triste como um gemido, É vago como um lamento; - Queixume que solta o vento Nas pedras duma ruma Na hora em que o sol se apaga E quando o lírio s'inclina!... Grito de angústia do pobre Que sobre as águas se afoga, Cadáver que bóia e voga Longe da praia querida, Grito de quem n'agonia - Já morto - se apega à vida! Setembro - 1858.
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Autor
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| - Mas eu que não tenho risos Nem alegrias tão pouco, Nem sinto esse fogo louco Que a mocidade consome, Nas brancas folhas do livro Só posso deixar meu nome! É triste como um gemido, É vago como um lamento; - Queixume que solta o vento Nas pedras duma ruma Na hora em que o sol se apaga E quando o lírio s'inclina!... Grito de angústia do pobre Que sobre as águas se afoga, Cadáver que bóia e voga Longe da praia querida, Grito de quem n'agonia - Já morto - se apega à vida! Vozes de flauta longínqua Que as nossas mágoas aviva, Soluço da patativa, Queixume do mar que rola, Cantiga em noite de lua Cantada ao som da viola!... Saudades do pegureiro Que chora o seu lar amado, - Calado e só - recostado Na pedra dalgum caminho... Canção de santa doçura Da mãe que embala o filhinho!... Meu nome!... É simples e pobre Mas é sombrio e traz dores, - Grinalda de murchas flores Que o sol queima e não consome... - Sinhá!... das folhas do livro É bom tirar o meu nome!... Setembro - 1858.
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