| abstract
| - Partamona criptica sp. nov. (Figs. 45, 140, operária; 95, 125, macho; 172, distribuição; Tabs. II-IX; XIII) Diagnose. Abelhas de porte médio (l.m.c. 2,3-2,6 mm, c.a.a. 6,0-6,6 mm, Tabs. III, IV). Integumento preto. Mandíbula predominantemente amarela, ápice ferrugíneo escuro, côndilos pretos. Flagelo castanho-escuro. Estrias paroculares alargadas embaixo (ca. 1,5x o diâmetro do 2o flagelômero), afilando abruptamente um pouco acima das fóveas tentoriais e chegando até a interorbital máxima (Fig. 140). Máculas do tórax pouco conspícuas. Pilosidade preta. Membrana das asas ferrugínea escura; microtríquias das asas anteriores enegrecidas; veias alares escurecidas. Cerdas da base do escapo um pouco mais longas que o diâmetro deste (0,9-1,3x; Tab. VII). Cerdas eretas das áreas paroculares, ao lado dos alvéolos, aproximadamente tão longas quanto o diâmetro do escapo. Cerdas do escutelo 0,9-1,0x o comprimento deste. Área basal do propódeo com faixa glabra mediana larga, ca. 1,5x o diâmetro do 2o flagelômero. Dentes da mandíbula aproximadamente eqüidistantes e um pouco recuados em relação ao ápice do bordo apical (Fig. 45). Área malar, distância interocelar, distância ocelorbital, tíbia III e comprimento da asa anterior, normais (Tabs. V, VI, VIII, IX). Bifurcação da M+Cu geralmente coincidente com a cu-v (raramente levemente anterior). Macho, basitarso III curto e largo, achatado ou convexo-côncavo; tíbia III alargada em direção ao ápice (Fig. 95); EVII com projeção mediana longa, de lados aproximadamente subparalelos, chanfros laterais profundos e largos (Fig. 125). Operária. Dimensões. Comprimento total aproximado, 6,39 mm; da asa anterior, 6,47 mm (incluindo a tégula, 7,14 mm); largura máxima da cabeça, 2,56 mm; do TIII, 2,48 mm (Tab. XIII). Cor do integumento. Predominantemente preto, apenas o metanoto e as tíbias III mais claros; os tarsômeros de todos os pares de pernas, ferrugíneo-claros. Tégula enegrecida, apenas a porção discal mediana acastanhada. Labro amarelado, mandíbula predominantemente amarelada, ferrugínea em direção ao ápice, côndilos e ápice enegrecidos. Escapo com a face inferior amarelada e a superior enegrecida. Flagelo com a face inferior castanha e a superior mais escurecida, 1o flagelômero um pouco mais claro. Máculas da face nítidas, no tórax apenas as manchas axilares. Manchas no clípeo em forma de dois L irregulares, nítidas; distância entre elas, na porção mais apical do clípeo, bem menor que o diâmetro do 2o flagelômero. Mancha supraclipeal aproximadamente triangular, nítida. Abaixo do ocelo, um triângulo invertido, alongado, mais longo que o diâmetro do ocelo médio, apagado, quase imperceptível. Parte superior do sulco frontal, com mancha apagada. Estrias paroculares bem alargadas embaixo (ca. 1,25x o diâmetro do 2o flagelômero), estreitando-se gradualmente até desaparecer na altura da linha da menor distância interorbital superior. Genas com pequena mancha margeando o terço inferior do olho. Tórax apenas com fina estria amarelada na parte anterior da margem interna das axilas. Membrana da asa anterior ferrugínea escura; microtríquias enegrecidas em toda asa; veias ferrugíneas, mais escurecidas na metade basal, principalmente C e R. Pilosidade. Predominantemente preta, mais clara apenas nas coxas e trocanteres; esternos com as cerdas enegrecidas na porção basal, e de cor palha para o ápice, onde são mais delgadas. Área basal do propódeo com uma larga faixa glabra mediana. Franja pré-marginal do TIII com cerdas muito mais curtas na região mediana que nas laterais. Cerdas da base do escapo 1,13x mais longas que o diâmetro deste. Áreas paroculares inferiores, ao lado dos alvéolos, com cerdas eretas mais curtas, 0,88x o diâmetro do escapo; no clípeo 1,19x; na fronte ca. 1,38x; no vértice mais longas, ca. 2,13x; no disco do mesoscuto e na porção anterior da linha média 1,75 e 2,38x, respectivamente. Cerdas mais longas no ápice do escutelo com ca. de 0,86x o comprimento deste. Integumento. Liso e polido, apenas com a pontuação pilígera típica do gênero. Forma e proporções (Tab. XIII). Cabeça, 1,19x mais larga que longa e 1,31x mais larga que a distância clipeocelar. Olhos 2,40x mais longos que largos, paralelos. Área malar tão longa quanto o diâmetro do 2o flagelômero. Clípeo 0,52x mais curto que sua largura máxima e 0,35x a distância clipeocelar. Mandíbulas 0,56x a distância clipeocelar; os dentes aproximadamente eqüidistantes e um pouco recuados (Fig. 45). Escapo 0,94x a distância alvéolo-ocelo lateral, seu diâmetro igual ao do 2o flagelômero. Distância interocelar 1,28x maior que a ocelorbital e ca. de 1,58x o diâmetro do ocelo médio. Escutelo aproximadamente semicircular, cerca de 0,48x mais curto que largo. Tíbia III 0,97x mais curta que a cabeça, e 2,07x mais longa que larga; canto póstero-distal arredondado, pouco projetado, margem apical fracamente sinuada; contorno da margem posterior, suavemente sinuado. Basitarso III 1,65x mais longo que largo; canto póstero-distal levemente anguloso e margem apical em ângulo um pouco maior que 90o em relação à margem anterior. Asa anterior 2,61x mais longa que larga e 2,53x a largura máxima da cabeça. Bifurcação de M+Cu coincidente ou levemente anterior à cu-v. Hâmulos, 5. Macho. Figuras 95, 125. Material-tipo. Holótipo, operária, de "Caeté - MG Brasil 21/03/1985 I. Stanciola", "colonia 386 M (livro de Registro do Apiário - UFV); parátipos, do mesmo ninho, 6 operárias, 1 macho e 1 rainha, na RPSP, e mais 3 operárias e 1 macho do mesmo ninho, na coleção particular de G. Melo. Material examinado. BRASIL. Minas Gerais: Barbacena, V.1955, F. M. Oliveira (4 ops., DZUP); Juiz de Fora, Poço D'Anta, 23.XI.1986, M.L. de Oliveira, sal. de metila (2 ops., UFVB); ibidem, idem, 9.XII.1986 (1 op., UFVB); Lima Duarte, SF-23, 43-22d, IX(ano?), A. de Souza (3 ops., RPSP); Passos, III.1964, C. T. Elias (1 op., MZSP); Parque Estadual Serra do Brigadeiro, 16.IV.1989, E.F. Morato (2 ops., 2953, UFVB); Serra do Caraça, 1380m, XI.1961, Kloss, Lenko, Martins, Silva (2 ops., MZSP). Espírito Santo: Espírito Santo (localidade?), sem data, anônimo (1 op., AMNH); Baixo Guandu, 17.IX.1966, Claudionor Elias (2 ops., DZUP); Colatina, 25.IV.1964, C. Elias (3 ops., DZUP); Domingos Martins, 16-28.II.1966, C. Elias (1 op., DZUP); Fundão, 20.V.1964, C. Elias (6 ops., DZUP); Santa Tereza, 5.II.1964, C. Elias (1 op., DZUP); ibidem, idem, 8.IV.1964 (8 ops., DZUP; 1 op., RPSP), 27.V.1964 (14 ops., DZUP; 3 ops., RPSP), 6.VI.1964 (5 ops., DZUP; 1 op., RPSP), 10.VI.1964 (4 ops., DZUP), 18.VI.1964 (6 ops., DZUP), 6.VII.1964 (1 op., DZUP), 16.VII.1964 (1 op., DZUP), 7.XII.1964 (1 op., DZUP), 19.V.1966 (4 ops., DZUP); ibidem, 5.V.1966, C. Tadeu Elias (1 op., DZUP); ibidem, 21.VII.1966, C.T. & C. Elias (2 ops., DZUP); ibidem, idem, 11.VIII.1966 (5 ops., DZUP), 5.II.1967 (3 ops., DZUP); São Domingos, 27.III.1966, Claudionor Elias (1 op., DZUP); São João de Petrópolis, 1-8.VI.1966, C. Elias (1 op., DZUP). Rio de Janeiro: Parque Nacional do Itatiaia, 800m, III.1955, H. Gouveia (8 ops., DZUP; 1 op., RPSP); ibidem, idem, 830m, III.1955 (4 ops., DZUP; 1 op., RPSP); ibidem, IV.1961, F. M. Oliveira (1 op., DZUP); ibidem, 700m, V.1951, M. Zikan (1 op., DZUP); ibidem, Itatiaia, 16.XII.1991, W. Wilms, "wald" (1 op., MZSP); Santa Maria Madalena, 750m, VII.1960, M. Alvarenga (2 ops., DZUP). São Paulo: Boracéia, 19.VII.1969, J. Campbell (1 op., SEMC); Salesópolis, Estação Biológica Boracéia, 22.IX.1991, W. Wilms (1 op., MZSP); ibidem, idem, 15.XI.1991(1 op., MZSP), 29.XII.1991 (1 macho, MZSP), 2.III.1992 (1 op., MZSP), 13.III.1992 (1 op., MZSP), 25.IV.1992 (1 op., MZSP), 8.V.1992 (1 op., MZSP), 13.VI.1992 (1 op., MZSP), 2.VII.1992 (1 op., MZSP), 30.VII.1992 (4 ops., MZSP), 31.VII.1992 (1 op., MZSP), 14.IX.1992 (2 ops., MZSP), 6.X.1992 (1 op., MZSP), 14.XI.1992 (1 op., MZSP), 2.I.1993 (1 op., MZSP), 3.I.1993 (1 op., MZSP), 6.I.1993 (1 op., MZSP), 30.I.1993 (1 op., MZSP), 17.VI.1993 (2 ops., MZSP), 23.VII.1993 (2 ops., MZSP), 5.XI.1993 (1 op., MZSP), 16.XI.1993 (2 ops., MZSP); ibidem, XI.1960, K. Lenko (1 op., MZSP). Distribuição geográfica e hábitat. Mata atlântica, Serra da Mantiqueira e Serra do Mar, sudeste do Brasil, SP, MG, RJ, ES (Fig. 172). Nidificação. Em termiteiro em oco de tronco de árvore (I. Stanciola, inf. pessoal). Etimologia. Do grego, kryptós, escondido, oculto, referindo-se à sua semelhança com P. helleri. Discussão. Dentre as espécies do grupo cupira, pode ser confundida com P. helleri pelas asas escurecidas, com a qual ocorre em simpatria nos estado de MG, RJ e ES. Distingue-se desta pelas cerdas da base do escapo mais curtas, ca. de 1,0 a 1,3 vezes o diâmetro deste, e pela estria parocular alargada abaixo das fóveas tentoriais, com limites difusos na maioria dos exemplares.
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