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| - right|thumb|200px|Cosme e Damião, em imagem católica popular right|thumb|200px|Saquinhos de doce de Cosme e Damião Cosme e Damião são dois santos orientais, provavelmente martirizados em Egéia, Cilícia, Ásia Menor, região da atual Turquia, a 27 de setembro de 287, durante a perseguição do imperador Diocleciano (284-305). Historicamente, pouco se sabe sobre a vida destes dois irmãos médicos e, segundo a tradição, gêmeos. Seus restos mortais foram levados para Roma, durante o pontificado de João Félix, e depositados na igreja em sua homenagem.
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| - right|thumb|200px|Cosme e Damião, em imagem católica popular right|thumb|200px|Saquinhos de doce de Cosme e Damião Cosme e Damião são dois santos orientais, provavelmente martirizados em Egéia, Cilícia, Ásia Menor, região da atual Turquia, a 27 de setembro de 287, durante a perseguição do imperador Diocleciano (284-305). Historicamente, pouco se sabe sobre a vida destes dois irmãos médicos e, segundo a tradição, gêmeos. Seus restos mortais foram levados para Roma, durante o pontificado de João Félix, e depositados na igreja em sua homenagem. Seu culto divulgou-se intensamente pela Europa, principalmente na Itália, Flandres, França, Espanha e Portugal, onde várias igrejas foram construídas sob seu patronato. Considerados protetores dos cirugiões, eram padroeiros de diversas confrarias, como por exemplo, a Confrérie et College de Saint Côme, fundada em Paris, em 1226, a mais famosa associação médica da Europa e que existiu até a Revolução Francesa. Nas primeiras décadas do século XIX, pagava-se na Universidade de Coimbra a quantia de 480 réis pelo registro do diploma de medicina e 100 réis pelo exame de boticário, valores devidos à Irmandade dos Santos Cosme e Damião. Em grego são chamados de anargiros, o que significa sem dinheiro, por nunca receberem dinheiro em troca de seus serviços. Curavam não somente pessoas, mas também animais. Estão ligados aos cultos dos deuses da reprodução, fecundação, germinação e moléstias sexuais. No Brasil, são invocados para defender da fome, das doenças do sexo e dos partos de gêmeos. No sincretismo religioso, os jeje-nagôs os identificaram como os orixás gêmeos iorubás Ibêji, que são a divinização do parto duplo. No seu dia oblacional, é comum a distribuição de saquinhos de doces a crianças. Recebem festas também no candomblé, com ofertas de alimentos e reunião de amigos para danças, comidas e bebidas. Conta a tradição popular que um dia, São Damião aceitou uma pequena oferta de uma mulher chamada Paládia, a quem havia curado de uma doença. São Cosme recriminou-lhe o gesto, dizendo que não queria ser enterrado junto a ele. Quando os cristãos recolheram seus restos mortais para sepultá-los, um camelo começou a bradar com voz humana, dizendo que enterrassem os dois irmãos juntos, uma vez que Damião recebera a oferta apenas para não humilhar a pobre mulher.
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