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| - Marília de Dirceu/II/XIII
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| - Vês agora o novilho, A quem segura o laço, No chão as mãos especa, Nem quer mover um passo. Não conhece que sai de um mau terreno; Que o forte pulso, que a seguir o arrasta, O conduz a viver num campo ameno. Ignora o bruto como Lhe dispomos a sorte; Um vai forçado à vida, Vai outro alegre à morte: Nós temos, minha bela, igual demência; Não sabemos os fins, com que nos move A sábia, oculta Mão da Providência.
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Autor
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abstract
| - Vês agora o novilho, A quem segura o laço, No chão as mãos especa, Nem quer mover um passo. Não conhece que sai de um mau terreno; Que o forte pulso, que a seguir o arrasta, O conduz a viver num campo ameno. Ignora o bruto como Lhe dispomos a sorte; Um vai forçado à vida, Vai outro alegre à morte: Nós temos, minha bela, igual demência; Não sabemos os fins, com que nos move A sábia, oculta Mão da Providência. De Jacó ao bom filho Os maus matar quiseram. De conselho o muraram. Como escravo o venderam. José não corre a ser um servo aflito; Vai subindo os degraus, por onde chega A ser um quase Deus no grande Egito. Quem sabe o Destino Hoje, ó Bela, me prende. Só porque nisto de outros Mais danos me defende? Pode ainda raiar um claro dia. Mas quer raie, quer não, ao Céu adoro; E beijo a santa mão, que assim me guia.
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