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| - Eu nasci além dos mares: Os meus lares, Meus amores ficam lá! — Onde canta nos retiros Seus suspiros, Suspiros o sabiá! Oh que céu, que terra aquela, Rica e bela Como o céu de claro anil! Que seiva, que luz, que galas, Não exalas Não exalas, meu Brasil! Oh! que saudades tamanhas Das montanhas, Daqueles campos natais! Daquele céu de safira Que se mira, Que se mira nos cristais! Não amo a terra do exílio, Sou bom filho, Quero a pátria, o meu país, Quero a terra das mangueiras E as palmeiras, E as palmeiras tão gentis! Lisboa — 1855
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abstract
| - Eu nasci além dos mares: Os meus lares, Meus amores ficam lá! — Onde canta nos retiros Seus suspiros, Suspiros o sabiá! Oh que céu, que terra aquela, Rica e bela Como o céu de claro anil! Que seiva, que luz, que galas, Não exalas Não exalas, meu Brasil! Oh! que saudades tamanhas Das montanhas, Daqueles campos natais! Daquele céu de safira Que se mira, Que se mira nos cristais! Não amo a terra do exílio, Sou bom filho, Quero a pátria, o meu país, Quero a terra das mangueiras E as palmeiras, E as palmeiras tão gentis! Como a ave dos palmares Pelos ares Fugindo do caçador; Eu vivo longe do ninho, Sem carinho; Sem carinho e sem amor! Debalde eu olho e procuro... Tudo escuro Só vejo em roda de mim! Falta a luz do lar paterno Doce e terno, Doce e terno para mim. Distante do solo amado — Desterrado — A vida não é feliz. Nessa eterna primavera Quem me dera, Quem me dera o meu país! Lisboa — 1855
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