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  • Marília de Dirceu/III/IX
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  • Ímpio Fado, que não pôde os doces laços quebrar-me, por vingança quer levar-me distante dos olhos teus. Ah! não posso, não, não posso dizer-te, meu bem, adeus! Parto, enfim, e vou sem ver-te, que neste fatal instante há de ser o teu semblante mui funesto aos olhos meus. Ah! não posso, não, não posso dizer-te, meu bem, adeus! E crês, Dircéia, que devem ver meus olhos penduradas tristes lágrimas salgadas correrem dos olhos teus? Ah! não posso, não, não posso dizer-te, meu bem, adeus!
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  • Parte III, Lira IX: A uma despedida
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Autor
  • Tomás Antônio Gonzaga
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  • Ímpio Fado, que não pôde os doces laços quebrar-me, por vingança quer levar-me distante dos olhos teus. Ah! não posso, não, não posso dizer-te, meu bem, adeus! Parto, enfim, e vou sem ver-te, que neste fatal instante há de ser o teu semblante mui funesto aos olhos meus. Ah! não posso, não, não posso dizer-te, meu bem, adeus! E crês, Dircéia, que devem ver meus olhos penduradas tristes lágrimas salgadas correrem dos olhos teus? Ah! não posso, não, não posso dizer-te, meu bem, adeus! De teus olhos engraçados, que puderam, piedosos, de tristes em venturosos converter os dias meus? Ah! não posso, não, não posso dizer-te, meu bem, adeus! Desses teus olhos divinos, que, terno e sossegados, enchem de flores os prados enchem de luzes os céus? Ah! não posso, não, não posso dizer-te, meu bem, adeus! Destes teus olhos, enfim, que domam tigres valentes, que nem rígidas serpentes resistem aos tiros seus? Ah! não posso, não, não posso dizer-te, meu bem, adeus! Da maneira que seriam em não ver-te criminosos, enquanto foram ditosos, agora seriam réus. Ah! não posso, não, não posso dizer-te, meu bem, adeus! Parto, enfim, Dircéia bela, rasgando os ares cinzentos; virão nas asas dos ventos buscar-te os suspiros meus. Ah! não posso, não, não posso dizer-te, meu bem, adeus! Talvez, Dircéia adorada, que os duros fados me neguem a glória de que eles cheguem aos ternos ouvidos teus. Ah! não posso, não, não posso dizer-te, meu bem, adeus! Mas se ditosos chegarem, pois os solto a teu respeito, dá-lhes abrigo no peito, junta-os cos suspiros teus. Ah! não posso, não, não posso dizer-te, meu bem, adeus! E quando tornar a ver-te, ajuntando rosto a rosto, entre os que dermos de gosto, restitui-me então os meus. Ah! não posso, não, não posso dizer-te, meu bem, adeus!
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