rdfs:comment
| - Em Delfos. Com pavor, de pé, no ádito escuro, Édipo escuta... O deus, rugindo de ira e ameaça, Pela boca da Pítia em êxtase, devassa O tempo, e o arcano véu destrama do futuro: "Rolarás do fastígio à ignomínia e à desgraça! Rompendo de um mistério o impenetrável muro, Num sólio ensangüentado e num tálamo impuro Gerarás, parricida, a mais odiosa raça!" É a Esfinge, a glória, o reino, o assassínio de Laio, E o amor sinistro... Assim troveja a voz de Apolo E enche o sacrário... O céu carrega-se de bruma;
|
abstract
| - Em Delfos. Com pavor, de pé, no ádito escuro, Édipo escuta... O deus, rugindo de ira e ameaça, Pela boca da Pítia em êxtase, devassa O tempo, e o arcano véu destrama do futuro: "Rolarás do fastígio à ignomínia e à desgraça! Rompendo de um mistério o impenetrável muro, Num sólio ensangüentado e num tálamo impuro Gerarás, parricida, a mais odiosa raça!" É a Esfinge, a glória, o reino, o assassínio de Laio, E o amor sinistro... Assim troveja a voz de Apolo E enche o sacrário... O céu carrega-se de bruma; Fuzila; estruge o chão; reboa no antro o raio... E, enquanto Édipo tomba inânime no solo, Sobre a trípode a Pítia, em baba, ulula e escuma.
|