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| - Como as raízes meteu Da úsnea no musgo raro, Como as folhas — verde-claro — Espalmou! Como as bagas pendurou Lá de cima! como enleva O rio, o arvoredo, a relva Nos odores, Que inspiram falas de amores! Dá-lhe o tronco — apoio, abrigo, Dá-lhe ela — perfume amigo, Graça e olor! E no consórcio de amor — Nesse divino existir — Que os prende, vai-lhes a vida De uma só seiva nutrida, Cada vez mais a subir! Se o verme a raiz lhe ataca, Se o raio o cimo lhe ofende, Cai a palmeira, e contudo Inda a baunilha recende!
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abstract
| - Como as raízes meteu Da úsnea no musgo raro, Como as folhas — verde-claro — Espalmou! Como as bagas pendurou Lá de cima! como enleva O rio, o arvoredo, a relva Nos odores, Que inspiram falas de amores! Dá-lhe o tronco — apoio, abrigo, Dá-lhe ela — perfume amigo, Graça e olor! E no consórcio de amor — Nesse divino existir — Que os prende, vai-lhes a vida De uma só seiva nutrida, Cada vez mais a subir! Se o verme a raiz lhe ataca, Se o raio o cimo lhe ofende, Cai a palmeira, e contudo Inda a baunilha recende! Um dia só! — que mais tarde, Exausta a fonte do amor, Também a baunilha perde Vida, graça, encanto, olor! Eu sou da palmeira o tronco, Tu — a baunilha serás! Se sofro, sofres comigo; Se morro — virás atrás! Ai! que por isso, querida, Tenho aprendido a sofrer! Porque sei que a minha vida É também o teu viver.
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