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| - Virtudes de Juiz, virtudes de homem As mãos se deram, e em seu peito moram. Manda prender ao Réu austera a boca, Porém seus olhos choram. Se à inocência denigre a vil calúnia, Que culpa aquele tem, que aplica a pena? Não é o Julgador, é o processo, E a lei, quem nos condena. Só no Averno os Juízes não recebem Acusação, nem prova de outro humano; Aqui todos confessam suas culpas, Não pode haver engano. Eu vejo as Fúrias afligindo aos tristes: Uma o fogo chega, outra as serpes move; Todos maldizem sim a sua estrela, Nenhum acusa a Jove.
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abstract
| - Virtudes de Juiz, virtudes de homem As mãos se deram, e em seu peito moram. Manda prender ao Réu austera a boca, Porém seus olhos choram. Se à inocência denigre a vil calúnia, Que culpa aquele tem, que aplica a pena? Não é o Julgador, é o processo, E a lei, quem nos condena. Só no Averno os Juízes não recebem Acusação, nem prova de outro humano; Aqui todos confessam suas culpas, Não pode haver engano. Eu vejo as Fúrias afligindo aos tristes: Uma o fogo chega, outra as serpes move; Todos maldizem sim a sua estrela, Nenhum acusa a Jove. Eu também inda adoro ao grande Chefe, Bem que a prisão me dá, que eu não mereço. Qual eu sou, minha Bela, não me trata, Trata-me qual pareço. Quem suspira, Marília, quando pune Ao vassalo, que julga delinqüente, Que gosto não terá, podendo dar-lhe Às honras de inocente? Tu vences, Barbacena, aos mesmos Titos Nas sãs virtudes, que no peito abrigas: Não honras tão-somente a quem premeias, Honras a quem castigas.
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