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| - thumb|right|200px|Iansã, em ilustração de José Carlos Martinez thumb|right|200px|Oiá, de Sandra Stanton thumb|right|200px|Outra interpretação de Iansã Iansã, Inhansã (do iorubá Iyà Yánsàn, "mãe de nove"), ou Oiá (de Ọyà, nome iorubá do rio Níger), Oyá em castelhano, é a orixá dos ventos, das tempestades e do rio Níger, cujas inundações controla. Foi esposa de Ogum e Xangôe tem um temperamento ardente e impetuoso. As danças de Iansã são guerreiras e, se Ogum está presente, ela se engaja em duelo com ele, em lembrança de suas antigas divergências. Seus fiéis a saúdam gritando Epa Heyi Oya!. Seus ritmo é chamados agó, ilu, ou aguerê de Iansã e de tão rápido, repicado e dobrado, também é conhecido como "quebra-prato". É o mais rápido ritmo do candomblé, correspondendo à personalidade agitada,
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| - thumb|right|200px|Iansã, em ilustração de José Carlos Martinez thumb|right|200px|Oiá, de Sandra Stanton thumb|right|200px|Outra interpretação de Iansã Iansã, Inhansã (do iorubá Iyà Yánsàn, "mãe de nove"), ou Oiá (de Ọyà, nome iorubá do rio Níger), Oyá em castelhano, é a orixá dos ventos, das tempestades e do rio Níger, cujas inundações controla. Foi esposa de Ogum e Xangôe tem um temperamento ardente e impetuoso. As danças de Iansã são guerreiras e, se Ogum está presente, ela se engaja em duelo com ele, em lembrança de suas antigas divergências. Seus fiéis a saúdam gritando Epa Heyi Oya!. Seus ritmo é chamados agó, ilu, ou aguerê de Iansã e de tão rápido, repicado e dobrado, também é conhecido como "quebra-prato". É o mais rápido ritmo do candomblé, correspondendo à personalidade agitada, contagiante e sensual desta deusa guerreira, senhora dos ventos e que tem poder de afastar os espíritos dos mortos (eguns). Ela evoca, por meio de movimentos sinuosos e rápidos, tempestades e ventos furiosos. No candomblé, as pessoas dedicadas a Iansã usam colares de contas de cor vermelha ou coral. A quarta-feira lhe é consagrada, assim como a Xangô. Seus símbolos são os chifres de búfalo, um alfanje e o iruexim ou iruquerê (espanta-moscas de rabo de búfalo), com o qual comanda os eguns (espíritos dos mortos). Recebe sacrifícios de cabras e oferendas de acarajés, ekuru e abará. Ela detesta abóbora e a carne de carneiro lhe é proibida, assim como a arraia. Na Bahia, é homenageada no dia 4 de dezembro na Festa de Santa Bárbara (padroeira do Corpo de Bombeiros e dos mercados), evento composto de missa, procissão feita por católicos e praticantes do Candomblé, além das festas nos terreiros, o caruru de Iansã, samba de roda e apresentação de grupos de capoeira e maculelê. Na santería cubana, Oiá é sincretizada com imagens de Nossa Senhora da Candelária, Nossa Senhora da Anunciação e Santa Teresa. O arquétipo de Iansã é o das mulheres audaciosas, poderosas e autoritárias. Mulheres que podem ser fiéis e de lealdade absoluta em certas circunstâncias, mas que, em outros momentos, quando contrariadas em seus projetos e empreendimentos, deixam-se levar a manifestações da mais extrema cólera. Mulheres, enfim, cujo temperamento voluptuoso e sensual pode levá-las a aventuras extraconjugais múltiplas e freqüentes, o que não as impede de continuarem muito ciumentas de seus maridos, por ela enganados.
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