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| - Lá, bem longe daqui, em tarde amena, Gozando a viração das frescas auras, Que do Brasil os bosques brandamente Faziam balançar, - e que espalhavam No éter encantado odor, pureza - Do que a rosa mais bela, - meiga e casta, Como as virgens do sol, Que de vezes não foi ela pendente Dos braços fraternais em meigo abraço; Como mimosa flor presa, enlaçada A tenro arbusto que a vergôntea débil Lhe ampara docemente. . .
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abstract
| - Lá, bem longe daqui, em tarde amena, Gozando a viração das frescas auras, Que do Brasil os bosques brandamente Faziam balançar, - e que espalhavam No éter encantado odor, pureza - Do que a rosa mais bela, - meiga e casta, Como as virgens do sol, Que de vezes não foi ela pendente Dos braços fraternais em meigo abraço; Como mimosa flor presa, enlaçada A tenro arbusto que a vergôntea débil Lhe ampara docemente. . . E o Irmão que só nela se revia, O Irmão que a adorava, qual se adora Um mimo do Senhor; Que a tinha por farol, conforto e guia, Os seus dias contava por encantos; E as virtudes co'os dias pleiteavam. E ela morreu no viço de seus anos!... E a laje fria e muda dos sepulcros Se fechou sobre o ente esmorecido Ao despontar de vida Tão rica de esperanças e tão cheia De formosura e graças!... _ Campal campa! que de terror incutes! Quanto esse teu silêncio me horroriza! E quanto se assemelha a tua calma À do cruel malvado que impassível Contempla a sua vítima torcer-se Em convulsões horríveis, desesp'radas; Cruas vascas da morte!... Quem tão má fé te criou? Tu que tragas o ente que esmorece Ao despontar de vida Tão rica de esperanças e tão cheia De formosura e graças?! O farol se apagou? a luz sumiu-se! Como o fugaz clarão do meteoro, Extinguiu-se a esperança; e o malfadado Sobre a terra deserta em vão procura Traços dessa que amou, que tanto o amara, Da jovem companheira de seus brincos, Pesares e alegrias. Ele a procurai... o viajor pasmado Nos campos de Pompéia, alonga a vista Pela amplidão do plano, Destroços e ruínas encontrando, Onde esperava movimento e vida. Não poder eu a troco de meu sangue Poupar-te dessas lágrimas metade! Oh! poder que eu pudesse! - e almo sorriso. Que tanto me compraz ver-te nos lábios, Inda uma vez brilhasse! E essa existência, Que tão cara me é, ta visse eu leda, E feliz como a vida dos Arcanjos! Infeliz é quem chora: ela finou-se, Porque os anjos à terra não pertencem: Mas lá dos imortais sobre os teus dias A suspirada irmã vela incessante. Vinde, cândidas rosas, açucenas, Vinde, roxas saudades; Orvalhai, tristes lágrimas, as c'roas, Que hão de a campa adornar por mim depostas Em holocausto à vítima da morte. Inocência, pudor, beleza e graça Com ela nessa campa adormeceram. Anjo no coração, anjo no rosto, Devera o amor chorar sobre o teu seio, Que não grinaldas fúnebres tecer-te; Devera voz d'esposo acalentar-te O sono da inocência, - não grosseira Canção de trovador não conhecido.
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