Se negros brutos, que parecem gente, Ministros fossem de lasciva audácia, Inda assim do ciúme a pertinácia No peito me nutria ardor pungente: Erraste em produzir-me, oh! Natureza, Num país onde todos fodem tudo, Onde leis não conhece a porra tesa! Cioso afeto, afeto carrancudo! Zelar moças na Europa é árdua empresa, Entre nós ser amante é ser cornudo.
Se negros brutos, que parecem gente, Ministros fossem de lasciva audácia, Inda assim do ciúme a pertinácia No peito me nutria ardor pungente: Erraste em produzir-me, oh! Natureza, Num país onde todos fodem tudo, Onde leis não conhece a porra tesa! Cioso afeto, afeto carrancudo! Zelar moças na Europa é árdua empresa, Entre nós ser amante é ser cornudo.