Que amor era benigno, eu persuadia A qualquer coração de amor isento; Inda agora de amor cantara atento, Se lhe não conhecera a aleivosia. Ninguém de amor se fie: agora canto Somente os seus enganos; porque sinto, Que me tem destinado estrago tanto. De seu favor hoje as quimeras pinto: Amor de uma alma é pesaroso encanto; Amor de um coração é labirinto.
Que amor era benigno, eu persuadia A qualquer coração de amor isento; Inda agora de amor cantara atento, Se lhe não conhecera a aleivosia. Ninguém de amor se fie: agora canto Somente os seus enganos; porque sinto, Que me tem destinado estrago tanto. De seu favor hoje as quimeras pinto: Amor de uma alma é pesaroso encanto; Amor de um coração é labirinto.