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| - Se vós tendes um baiju Com seus babados de chita, Eu tenho agora a marmita, Semi-rubra de ourocu. Se tendes de gorgutu Um macaquinho amarelo, Eu nas casas do castelo, Como é público e notório, Por baixo do consistório Tenho um galante chinelo. Se vós tendes de cambraia Camisa fina e bordada, Eu tenho minha rendada Que veio da Marambaia: Se de cetim tendes saia, Eu só tenho os cações meus; Se com estes trastes teus De mim todas te desunes, Eu tenho os panos de Tunes, Com que vou a São Mateus.
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| - Se vós tendes um baiju Com seus babados de chita, Eu tenho agora a marmita, Semi-rubra de ourocu. Se tendes de gorgutu Um macaquinho amarelo, Eu nas casas do castelo, Como é público e notório, Por baixo do consistório Tenho um galante chinelo. Se vós tendes de cambraia Camisa fina e bordada, Eu tenho minha rendada Que veio da Marambaia: Se de cetim tendes saia, Eu só tenho os cações meus; Se com estes trastes teus De mim todas te desunes, Eu tenho os panos de Tunes, Com que vou a São Mateus. Se tendes sapato justo, E pões as mãos nas ilhargas, Eu tenho as botas mui largas, Com que passeio sem custo. Se tendes de raios susto Eu caço da vela a escota; Se tendes no frasco a gota Como mostra das crioulas, Eu por baixo das ceroulas Tenho a minha fralda rota. Se tendes novo capote Mais chibante do que o velho, Eu tenho um torto chavelho, Que me faz vezes de pote. Se a cavalo andais de trote, Eu do chão não me levanto, Não me assusto, nem me espanto, Serei sempre pé-de-boi, Ora aí está como foi, Ninguém me bote quebranto.
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