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| - Não creio nessa dita, me perdoa. Ninguém na terra pode ser feliz. Até o sino que na torre soa Tem sua dor, nem sempre ele bem-diz. Longe... distante... Pelo azul chalrando, A modular uns hinos tão suaves, Pássaros meigos lá se vão cantando... Mas tu crês na ventura d’essas aves? Repara bem naquela que ficou Pousada lá no cimo da aroeira: Ela chora, coitada, pois deixou Muito longe perdida a companheira. Aves da terra, em tímidos adejos, Também alegres como as rolas mansas, Rostos corados, recendendo beijos, Correm cantando grupos de crianças.
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| - Não creio nessa dita, me perdoa. Ninguém na terra pode ser feliz. Até o sino que na torre soa Tem sua dor, nem sempre ele bem-diz. Longe... distante... Pelo azul chalrando, A modular uns hinos tão suaves, Pássaros meigos lá se vão cantando... Mas tu crês na ventura d’essas aves? Repara bem naquela que ficou Pousada lá no cimo da aroeira: Ela chora, coitada, pois deixou Muito longe perdida a companheira. Aves da terra, em tímidos adejos, Também alegres como as rolas mansas, Rostos corados, recendendo beijos, Correm cantando grupos de crianças. E enquanto passa, em revoada louca, Este dourado batalhão de arcanjos, Eu quero ouvir-te da risonha boca Se é eterna a ventura desses anjos. A moça também sofre... Um áureo cofre Guarda-lhe os prantos e o martírio duro, E, de todas, aquela que mais sofre É a que tem o coração mais puro.
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