abstract
| - Partamona littoralis sp. nov. (Fig. 153, operária; 169, distribuição; Tabs. II-IX, XIII) Diagnose. Abelhas de porte médio (l.m.c. 2,5 mm, c.a.a. 5,5-5,9 mm; Tabs. III, IV). Integumento preto. Mandíbula com ca. 1/3 a 2/3 da porção basal amarelada ou descolorida e a porção apical restante ferrugínea, côndilos pretos. Flagelo castanho escuro. Estrias paroculares muito estreitas (ca. 0,5x o diâmetro do 2o flagelômero), aproximadamente com a mesma largura em toda a sua extensão, ou apenas um pouco mais largas embaixo (0,7-0,8x o diâmetro do 2o flagelômero; Fig. 153). Máculas do tórax apagadas. Pilosidade preta. Membrana das asas ferrugínea escura; microtríquias pretas; veias méleas, escurecidas pelas microtríquias fuscas. Cerdas da base do escapo um pouco mais longas que o diâmetro deste (1,2-1,3x; Tab. VII). Cerdas eretas das áreas paroculares, ao lado dos alvéolos, mais longas que o diâmetro do escapo. Cerdas do escutelo curtas, ca. de 0,8-0,9x o comprimento deste. Área basal do propódeo com faixa glabra mediana, aproximadamente tão larga quanto o diâmetro do 2o flagelômero. Dentes da mandíbula pequenos, um pouco recuados em relação ao ápice do bordo distal. Área malar curta (ca. 0,8x o diâmetro do 2o flagelômero; Tab. V). Distância interocelar, distância ocelorbital, tíbia III e comprimento da asa anterior, normais (Tabs. V, VI, VIII, IX). Bifurcação da M+Cu coincidente com a cu-v. Operária. Dimensões. Comprimento total aproximado, 7,14 mm (abdômen distendido); da asa anterior, 5,77 mm (incluindo a tégula, 6,52 mm); largura máxima da cabeça, 2,52 mm; abdômen amassado (Tab. XIII). Cor do integumento. Predominantemente preto, apenas as tíbias III e abdômen mais claros; os tarsômeros de todos os pares de pernas ferrugíneos. Labro amarelado, um pouco descolorido medianamente; mandíbula predominantemente amarelada, só o quarto distal ferrugíneo; côndilos enegrecidos. Escapo com a face inferior amarelada e a superior escurecida. Flagelo com a face inferior castanha a superior mais escurecida. Máculas nítidas, no tórax um pouco mais difusas. Manchas do clípeo aproximadamente triangulares, bem amarelas, a distância entre elas, na porção apical do clípeo, menor que o diâmetro do 2o flagelômero. Mancha supraclipeal como um acento circunflexo. Abaixo do ocelo, um triângulo invertido muito alongado, chegando até o meio da fronte (1,82x mais longo que o diâmetro do ocelo médio), praticamente unido com a mancha em forma de V invertido no sulco frontal. Estrias paroculares um pouco alargadas embaixo (ca. 0,75x o diâmetro do escapo), estreitadas medianamente (ca. 0,38x) e novamente alargadas em cima (0,63x), terminando acima da altura da linha da menor distância interorbital superior. Genas com pequena mancha muito estreita e nítida, abaixo do meio do olho. Tórax com as estrias laterais do mesoscuto muito nítidas; axilas praticamente por inteiro amareladas; bordo posterior do escutelo com faixa muito difusa, interrompida medianamente. Basitarso II com estria muito difusa acompanhando a margem anterior; basitarso III com estria apenas na margem anterior, mais alargada e nítida distalmente. Membrana da asa anterior ferrugínea-escura; microtríquias enegrecidas em toda asa; veias muito escurecidas, principalmente na metade basal, apenas o pterostigma um pouco mais claro. Pilosidade. Enegrecida, apenas o ápice das cerdas ventrais mais claro. Cerdas da base do escapo tão longas quanto o diâmetro deste. Área basal do propódeo com uma faixa glabra mediana. Franja pré-marginal do TIII com cerdas muito mais curtas na região mediana que nas laterais. Área parocular inferior, ao lado dos alvéolos com cerdas eretas 0,88x o diâmetro do escapo; no clípeo 0,94x; na fronte, como o diâmetro do escapo; no vértice ca. 2,13x; no disco do mesoscuto e na porção anterior da linha média 1,19 e 1,88x, respectivamente. Cerdas mais longas no ápice do escutelo com ca. de 0,93x o comprimento deste. Integumento. Liso e polido, apenas com a pontuação pilígera típica do gênero. Forma e proporções (Tab. XII). Cabeça, 1,21x mais larga que longa, e 1,37x mais larga que a distância clipeocelar. Olhos 2,40x mais longos que largos, paralelos. Área malar ca. de 0,82x o diâmetro do 2o flagelômero. Clípeo 0,53x mais curto que sua largura máxima e 0,35x a distância clipeocelar. Mandíbulas 0,57x a distância clipeocelar; dentes pequenos, mas não muito recuados. Escapo 0,90x a distância alvéolo-ocelo lateral, seu diâmetro um pouco menor que o do 2o flagelômero. Distância interocelar 1,31x maior que a ocelorbital e ca. de 1,73x o diâmetro do ocelo médio. Escutelo aproximadamente semicircular, cerca de 0,50x mais curto que largo. Tíbia III 0,93x mais curta que a cabeça, e 2,05x mais longa que larga; canto póstero-distal arredondado, pouco projetado, margem apical fracamente sinuada; contorno da margem posterior, suavemente sinuado. Basitarso III 1,46x mais longo que largo; canto póstero-distal levemente anguloso e margem apical em ângulo um pouco maior que 90o em relação à margem anterior. Asa anterior 2,67x mais longa que larga e 2,29x a largura máxima da cabeça. Bifurcação de M+Cu levemente posterior à cu-v. Hâmulos, 5. Macho. Desconhecido. Material-tipo. Holótipo, operária de "BRASIL Rio Grande do Norte, Natal December 1951 M. Alvarenga"; parátipos, 55 operárias, da mesma série, e 18 operárias de "BRAZIL Rio Grande do Norte, Natal, October 1951 (M. Alvarenga)", depositados no SEMC, alguns parátipos na RPSP. Material examinado. Apenas o material-tipo. Distribuição geográfica e hábitat. Zona do agreste do extremo nordeste do Brasil, Rio Grande do Norte (Fig. 169); Nidificação. Desconhecida. Etimologia. Pela sufixação latina de litoral, região de onde é conhecida. Discussão. A inclusão dessa espécie no grupo nigrior é um tanto duvidosa, já que os exemplares disponíveis para análise não se encontram em condições apropriadas para o exame das mandíbulas e não há machos nem dados sobre a biologia. Chamam a atenção as asas escurecidas, as estrias paroculares muito estreitas e a mancha abaixo do ocelo muito alongada, que distinguem P. littoralis sp. nov.das demais espécies.
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