abstract
| - Escatologia é o estudo sobre a segunda vinda [ ou presença, em gr. parousía ] de Cristo, o tempo do fim deste mundo [ isto é, da sociedade humana apartada de Deus ] e o ínicio do Reinado Milenar. A interpretação dos textos proféticos da Bíblia tem sido uma das preocupações constantes das Testemunhas de Jeová ao longo dos anos e tem sido a sua força motriz na sua obra mundial de evangelização. Ao longo da sua história, muitas datas foram apresentadas para acontecimentos relativos ao "fim do mundo" [ ou "terminação do sistema de coisas", NM ]. São feitos cálculos a partir de "dados" extraídos dos livros proféticos de Revelação (Apocalipse) e de Daniel. Em 1860, Nelson Barbour conclui que a segunda vinda de Cristo se daria em Outubro de 1874, o ano em que se completaria os seis mil anos desde da criação de Adão. Em 1868, Barbour começa a divulgar suas ideias sobre o ano de 1874. Publicou em 1875, no seu periódico Arauto da Manhã, seus cálculos, partindo de Outubro de 606 a.C. e chegando a Outubro de 1914) como o fim dos "Tempos dos Gentios". Até hoje, a maioria das Testemunhas de Jeová supõe que Russell foi o pioneiro desta doutrina. A presença invisível de Cristo seria ajustada para Outubro de 1914, apenas em 1930. Russell acreditava piamente que o "tempo do fim" começou em 1799. Acreditava ainda que Cristo voltou invisivelmente [ em gr. parousía ] em Outubro de 1874 e que haveria um período de quarenta (40) anos que terminaria em Outubro de 1914. Nesse ano, marcava o "fim dos tempos dos gentios", e então, viria o Armagedom e começava o Reino Milenar de Cristo sobre a Terra. Joseph Franklin Rutherford apresentou o ano de 1925, cuja interpretação foi abandonada, depois de passada. A cronologia usada por Charles Russell se baseava nos cálculos de Nelson Barbour e no estudo da Piramidologia. Houve também expetativas sobre o que iria suceder no fim da II Guerra Mundial. (Filhos, 1941, pág. 288, 312, 366) O atual Corpo Governante das Testemunhas de Jeová é mais prudente na predição de datas e na criação de mais expetativas equivocadas, como foi o fracasso das expetativas bíblicas para o ano de 1975 (Raymond Franz, Crise de Consciência, 1992, 2.ª edição, Atlanta: Commentary Press, pág. 198-222) e da revisão forçada do seu conceito sobre a "geração [ em gr. gená ] de 1914 que não passará" e em tudo o que isso implicou teologicamente. (Mateus 24:34; Marcos 13:30; Lucas 21:32; A Sentinela de 1/11/1995) Veja Geração de 1914. Desde então, as profecias sobre o Tempo do Fim mantém-se colocadas num futuro sempre muito próximo, mas indeterminado. (A Sentinela de 15/12/2003, pág. 15 § 6-7) Para as Testemunhas de Jeová, o ano 1914 é uma doutrina central fundamentada na suposta destruição de Jerusalém em 607 a.C.), e não em 587 a.C., conforme diversas evidências histórias comprovam. (Carl Olof Jonsson, Os Tempos dos Gentios Reconsiderados, 1998, 3.ª edição, Atlanta Commentary Press)
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