"\u00C0 morte de Affonso de A. Coutinho Nesseder estudante da Escola Central"@pt . "Meu Deus! tu que \u00E9s t\u00E3o bom e t\u00E3o clemente, P'ra que apagas, Senhor, a chama ardente Num cr\u00E2nio de vulc\u00E3o? P'ra que poupas o cedro j\u00E1 vetusto E, sem d\u00F3, vais ferir o pobre arbusto \u00C0s vezes no embri\u00E3o?!... Pois n\u00E3o fora melhor vivesse a planta Cujo perfume a solid\u00E3o encanta No sossego do val?... - N\u00E3o ver\u00EDamos n\u00F3s neste mart\u00EDrio Desfalecer t\u00E3o belo o pobre l\u00EDrio Pendido ao vendaval! Pobre mancebo! Nesse peito nobre E nessa fronte que o sepulcro cobre Era fundo o sentir! Agora solit\u00E1rio tu descansas, E contigo esse mundo de esperan\u00E7as T\u00E3o rico de porvir! Maio - 1858."@pt . "Casimiro de Abreu"@pt . . . . "Meu Deus! tu que \u00E9s t\u00E3o bom e t\u00E3o clemente, P'ra que apagas, Senhor, a chama ardente Num cr\u00E2nio de vulc\u00E3o? P'ra que poupas o cedro j\u00E1 vetusto E, sem d\u00F3, vais ferir o pobre arbusto \u00C0s vezes no embri\u00E3o?!... Pois n\u00E3o fora melhor vivesse a planta Cujo perfume a solid\u00E3o encanta No sossego do val?... - N\u00E3o ver\u00EDamos n\u00F3s neste mart\u00EDrio Desfalecer t\u00E3o belo o pobre l\u00EDrio Pendido ao vendaval! Pobre mancebo! Nesse peito nobre E nessa fronte que o sepulcro cobre Era fundo o sentir! Agora solit\u00E1rio tu descansas, E contigo esse mundo de esperan\u00E7as T\u00E3o rico de porvir! Oh! lamentemos essa pura estrela Sumida, como no horizonte a vela Nas n\u00E9voas da manh\u00E3! A sepultura foi h\u00E1 pouco aberta... Mas o dormente j\u00E1 se n\u00E3o desperta \u00C0 voz de sua irm\u00E3! \u00C9 mudo aquele a quem irm\u00E3o chamamos, E a m\u00E3o que tantas vezes apertamos Agora \u00E9 fria j\u00E1! N\u00E3o mais nos bancos esse rosto amigo Hoje escondido no fatal jazigo Conosco sorrir\u00E1! Mancebo, atr\u00E1s da gl\u00F3ria que sorria, Sonhou grandezas para a p\u00E1tria um dia, E a ela os sonhos deu; M\u00E1rtir do estudo, na ci\u00EAncia ingrata Bebeu nos livros esse fel que mata E pobre adormeceu! Era bem cedo! - na manh\u00E3 da vida Chegar n\u00E3o p\u00F4de \u00E0 terra prometida Que ao longe lhe sorriu! Embora desta estrada nos espinhos Feliz tivesse os maternais carinhos, Cansado sucumbiu! Era bem cedo! - Tanta gl\u00F3ria ainda O esperava, meu Deus, na aurora linda Que a vida lhe dourou! Pobre mancebo! no fervor dessa alma Ao colher do futuro a verde palma Na cova trope\u00E7ou! Dorme pois! Sobre a campa mal cerrada, N\u00F3s que sabemos que esta vida \u00E9 nada Choramos um irm\u00E3o; E d'envolta c'os prantos da amizade Aqui trazemos, nos goivos da saudade, As vozes da ora\u00E7\u00E3o! Eu que fui teu amigo inda na inf\u00E2ncia, Quando as almas das rosas na fragr\u00E2ncia Bendizem s\u00F3 a Deus - Hoje venho nas cordas do ala\u00FAde Sentido e grave, \u00E0 beira do ata\u00FAde Dizer-te o extremo adeus! Descansa! se no c\u00E9u h\u00E1 luz mais pura, De certo gozar\u00E1s nessa ventura Do justo a placidez! Se h\u00E1 doces sonhos no viver celeste, Dorme tranq\u00FCilo \u00E0 sombra do cipreste... - N\u00E3o tarda a minha vez! Maio - 1858."@pt . . "\u00C0 morte de Affonso de A. Coutinho Nesseder estudante da Escola Central"@pt .