"Namoro a cavalo"@pt . . "Alugo (tr\u00EAs mil r\u00E9is) por uma tarde Um cavalo de trote (que esparrela!) S\u00F3 para erguer meus olhos suspirando A minha namorada na janela... Todo o meu ordenado vai-se em flores E em lindas folhas de papel bordado... Onde eu escrevo tr\u00EAmulo, amoroso, Algum verso bonito... mas furtado. Morro pela menina, junto dela Nem ouso suspirar de acanhamento... Se ela quisesse eu acabava a hist\u00F3ria Como toda a com\u00E9dia \u2014 em casamento... Ontem tinha chovido... Que desgra\u00E7a! Eu ia a trote ingl\u00EAs ardendo em chama, Mas l\u00E1 vai sen\u00E3o quando... uma carro\u00E7a Minhas roupas tafuis encheu de lama..."@pt . "."@pt . . "Namoro a cavalo"@pt . . "\u00C1lvares de Azevedo"@pt . . . . "Alugo (tr\u00EAs mil r\u00E9is) por uma tarde Um cavalo de trote (que esparrela!) S\u00F3 para erguer meus olhos suspirando A minha namorada na janela... Todo o meu ordenado vai-se em flores E em lindas folhas de papel bordado... Onde eu escrevo tr\u00EAmulo, amoroso, Algum verso bonito... mas furtado. Morro pela menina, junto dela Nem ouso suspirar de acanhamento... Se ela quisesse eu acabava a hist\u00F3ria Como toda a com\u00E9dia \u2014 em casamento... Ontem tinha chovido... Que desgra\u00E7a! Eu ia a trote ingl\u00EAs ardendo em chama, Mas l\u00E1 vai sen\u00E3o quando... uma carro\u00E7a Minhas roupas tafuis encheu de lama... Eu n\u00E3o desanimei. Se Dom Quixote No Rocinante erguendo a larga espada Nunca voltou de medo, eu, mais valente, Fui mesmo sujo ver a namorada... Mas eis que no passar pelo sobrado, Onde habita nas lojas minha bela, Por ver-me t\u00E3o lodoso ela irritada Bateu-me sobre as ventas a janela... O cavalo ignorante de namoro, Entre dentes tomou a bofetada, Arrepia-se, pula e d\u00E1-me um tombo Com pernas para o ar, sobre a cal\u00E7ada... Dei ao diabo os namoros. Escovado Meu chap\u00E9u que sofrera no pagode... Dei de pernas corrido e cabisbaixo E berrando de raiva como um bode. Circunst\u00E2ncia agravante. A cal\u00E7a inglesa Rasgou-se no cair de meio a meio, O sangue pelas ventas me corria Em paga do amoroso devaneio!..."@pt . .