. . . . "Crep\u00FAsculo nas montanhas"@pt . "Al\u00E9m serpeia o dorso pardacento Da longa serrania, Rubro flameia o v\u00E9u sanguinolento Da tarde na agonia. No cin\u00E9reo vapor o c\u00E9u desbota Num azulado incerto, No ar se afoga desmaiando a nota Do sino do deserto... Vim alentar meu cora\u00E7\u00E3o saudoso No vento das campinas, Enquanto nesse manto lutuoso P\u00E1lida te reclinas E morre em teu sil\u00EAncio, \u00F3 tarde bela, Das folhas o rumor... E late o pardo c\u00E3o que os passos vela Do tardio pastor! II P\u00E1lida estrela! o canto do crep\u00FAsculo Acorda-te no c\u00E9u: Ergue-te nua na floresta morta Do teu doirado v\u00E9u! Ergue-te!... eu vim por ti e pela tarde Pelos campos errar, Sentir o vento, respirando a vida E livre suspirar. \u00C9 mais puro o perfume das montanhas Da tarde no cair... Quando o vento da noite agita as folhas \u00C9 doce o teu luzir! Estrela do pastor, no v\u00E9u doirado Acorda-te na serra, Inda mais bela no azulado fogo Do c\u00E9u da minha terra! III Estrela d'oiro, no purp\u00FAreo leito Da irm\u00E3 da noite, branca e peregrina No firmamento azul derramas dia Que as almas ilumina! Abre o seio de p\u00E9rola, transpira Esse raio de luz que a mente inflama! Esse raio de amor que ungiu meus l\u00E1bios No meu peito derrama! IV Lo bel pianeta he ad amar conforta Faceva tutto rider l'oriente DANTE, Purgat\u00F3rio Estrelinhas azuis do c\u00E9u vermelho, L\u00E1grimas d'oiro sobre o v\u00E9u da tarde, Que olhar celeste em p\u00E1lpebra divina Vos derramou tremendo? Quem, \u00E0 tarde, cris\u00F3litas ardentes, Estrelas brancas, vos sagrou saudosas Da fronte dela na azulada c'roa Como aur\u00E9ola viva? Foram anjos de amor, que vagabundos Com saudades do c\u00E9u vagam gemendo E as l\u00E1grimas de fogo dos amores Sobre as nuvens pranteiam? Criaturas da sombra e do mist\u00E9rio, Ou no purp\u00FAreo c\u00E9u doureis a tarde, Ou pela noite cintileis medrosas, Estrelas, eu vos amo! E quando, exausto o cora\u00E7\u00E3o no peito Do amor nas ilus\u00F5es espera e dorme, Di\u00E1fanas vindes-lhe doirar na mente A sombra da esperan\u00E7a! Oh! quando o pobre sonhador medita Do vale fresco no orvalhado leito Inveja \u00E0s \u00E1guias o perdido v\u00F4o Para banhar-se no perfume et\u00E9reo... E, nessa arg\u00EAntea luz, no mar de amores Onde entre sonhos e luar divino A m\u00E3o do Eterno vos lan\u00E7ou no espa\u00E7o, Respirar e viver!"@pt . "Al\u00E9m serpeia o dorso pardacento Da longa serrania, Rubro flameia o v\u00E9u sanguinolento Da tarde na agonia. No cin\u00E9reo vapor o c\u00E9u desbota Num azulado incerto, No ar se afoga desmaiando a nota Do sino do deserto... Vim alentar meu cora\u00E7\u00E3o saudoso No vento das campinas, Enquanto nesse manto lutuoso P\u00E1lida te reclinas E morre em teu sil\u00EAncio, \u00F3 tarde bela, Das folhas o rumor... E late o pardo c\u00E3o que os passos vela Do tardio pastor! II P\u00E1lida estrela! o canto do crep\u00FAsculo Acorda-te no c\u00E9u: Ergue-te nua na floresta morta Do teu doirado v\u00E9u! III"@pt . "\u00C1lvares de Azevedo"@pt . . "Crep\u00FAsculos nas montanhas"@pt . . . . "."@pt .